Aécio diz que país está pior do que há 4 anos
Em seu primeiro programa eleitoral, o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), fez um longo diagnóstico sobre o Brasil. Ele disse que o país avançou, o que é "uma construção de muitas pessoas", de "vários governos" e fechou com uma crítica à presidente Dilma Rousseff, dizendo que hoje o país "está pior do que há quatro anos".
O programa tucano foi construído para apresentar Aécio como um "estadista". O tucano apareceu fazendo um pronunciamento transmitido de diferentes formas para diversas pessoas, como casais assistindo à tevê em casa e trabalhadores ouvindo a propaganda no rádio. Em sua fala, Aécio diz que "problemas que pareciam superados estão voltando" e cita a inflação. A principal crítica, no entanto, é centrada no baixo crescimento do governo Dilma. Aécio diz que quando o "Brasil não cresce, ninguém mais cresce" e que os "empregos começam a desaparecer".
O candidato do PSDB abriu seu programa com uma homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, que concorria ao Planalto pelo PSB. O tucano ressaltou a amizade de 30 anos com o pessebista.
O primeiro dia de horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão foi marcado por homenagens ao ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), morto na semana passada em um desastre aéreo em Santos (SP). Além do tempo reservado ao PSB, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e Aécio Neves (PSDB) dedicaram boa parte de seus programas para relembrar o neto de Miguel Arraes Marina Silva (PSB), vice na coligação, deve herdar a vaga de Campos, em anúncio previsto para hoje. Além disso, as peças serviram para reforçar a polarização entre PT e PSDB, com os tucanos criticando a gestão de Dilma "o país está pior do que há quatro anos" e os petistas defendo programas como o Pronatec, o Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos, pilares dos quase 12 anos da administração do partido em Brasília.
Lula promete um mandato melhor de Dilma
O programa da candidata à reeleição à Presidência, Dilma Rousseff (PT), procurou mostrar o "aprofundamento" dos programas lançados no governo Luiz Inácio Lula da Silva e os resultados dos lançados por Dilma, mencionando "dois governos que trabalharam para superar a desigualdade".
Principal fiador político de Dilma, o ex-presidente Lula aparece na segunda metade da propaganda, em que se dirige aos eleitores indecisos ao prometer um segundo mandato de Dilma melhor que o primeiro. "Meu segundo mandato foi melhor que o primeiro. Com a Dilma vai ser assim", diz Lula.
No início do vídeo, um narrador fala que "o país não sentiu os efeitos da crise [de 2008]" e cita números do governo federal, mostrando imagens de obras e de participantes de programas sociais. Aos poucos, o narrador começa a apresentar Dilma como alguém que "acorda cedo" e "aproveita qualquer tempinho que resta" para fazer o que gosta.
Nas primeiras imagens, Dilma aparece em vários ambientes do Palácio do Planalto, como a biblioteca e a cozinha um de seus hobbies, segundo a peça, é cozinhar.
PSB homenageia Campos e não cita Marina
A primeira propaganda eleitoral televisiva exibida pela equipe da campanha presidencial do PSB, ontem, apresentou depoimentos do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato da legenda que morreu em um acidente aéreo na última quarta-feira, em Santos (SP). A peça trouxe diversas imagens de Campos em visitas a fábricas, hospitais e em comícios. São usados vídeos da campanha e de arquivo.
Sua então vice na chapa, Marina Silva, que deve assumir a candidatura do partido hoje, apareceu ao lado do presidenciável em diversos momentos, mas não foi citada nominalmente. O ex-governador narrou a propaganda, que não usou vozes de locutores ou de outros políticos.
Com trilha sonora da música "Anunciação", do pernambucano Alceu Valença, a peça reforçou a frase que Campos disse no fim da sua entrevista ao Jornal Nacional na noite anterior ao acidente que o matou. "Não vamos desistir do Brasil, é aqui que vamos criar nossos filhos e uma sociedade mais justa", disse o pernambucano. O programa terminou com um abraço de Campos em Marina e uma homenagem às outras seis vítimas da queda do avião.
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