Depois de ser ultrapassado por Marina Silva (PSB) na mais recente pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial*, Aécio Neves enfrenta agora uma crise política em Minas Gerais, sua base eleitoral. Pelo menos um aliado de Pimenta da Veiga (PSDB), candidato lançado pelo senador, começou a debandar de seu palanque. Pressionado por seus candidatos a deputado, o PR, que está formalmente na coligação que apoia o tucano, liberou seus filiados nesta quinta-feira, 28, a subirem no palanque do candidato do PT, Fernando Pimentel.

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A decisão do PR foi tomada depois de o diretório estadual da sigla receber formalmente pedidos de candidatos a deputado para mudarem de lado. Um dos principais dirigentes do PR mineiro, o líder do partido na Câmara, Bernardo Santana, ingressou ontem na coordenação da campanha de Pimentel. Além disso, 18 prefeitos da sigla migraram para o petista. Integrante da base de Dilma Rousseff no Congresso, Santana convocou a imprensa em abril para defender que Lula fosse candidato à Presidência.

Presidente do PSDB mineiro, o deputado Marcus Pestana classificou o caso como uma "questão pontual". Para reverter o favoritismo do PT no Estado, o PSDB vai reforçar a presença de Aécio em Minas. Na semana que vem, o presidenciável participará de atividades por lá. "A associação do Aécio com o Pimenta é a nossa prioridade", disse Pestana.

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Em reação às pesquisas nacional e mineira, o comando da campanha de Aécio no Estado produziu e fez circular um documento para conter defecções. O texto diz que o presidenciável, conforme a pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, tem 34% das intenções de voto no Estado, "mantendo a frente". Mas não diz que a presidente Dilma Rousseff (PT) vem logo em seguida, com 31%. Marina Silva (PSB) tem 20%. O comando da campanha de Aécio sempre apostou que para ele chegar ao 2.º turno e vencer a eleição, precisa abrir uma grande vantagem em Minas. Desde o início oficial da campanha, Aécio esteve só duas vezes no Estado.

"Nossas campanhas estão bem direcionados", afirmou ontem Pimenta. Fontes do comitê do PSDB-MG, porém, admitem mudanças na direção das campanhas tucanas no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Metodologia

* A pesquisa Ibope foi realizada entre 23 e 25 de agosto, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S. Paulo. Foram feitas 2506 entrevistas em todo o país. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-428/2014.

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