Executiva pede reintegração da sede do PMDB do Paraná

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A Executiva do PMDB do Paraná, eleita na última sexta-feira (15), encaminhou nesta terça-feira (19) à Justiça um documento em que a Comissão Executiva Nacional do partido reconhece as mudanças na direção da legenda no estado. As informações foram enviadas na tentativa de recuperar a posse da sede do partido em Curitiba, já que, na segunda-feira (18), o grupo político destituído do comando da legenda conseguiu uma ordem de reintegração de posse do local.

Conforme o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, que assumiu a presidência estadual do PMDB no lugar do deputado federal Osmar Serraglio, a Justiça deve decidir ainda nesta terça se devolve ou não a sede do partido ao grupo eleito na última sexta. Conforme a primeira liminar, o juiz substituto José Eduardo de Mello Leitão Salmon, do Tribunal de Justiça do Paraná, entendeu que não havia provas de que a comissão executiva tivesse sido de fato dissolvida.

"A reintegração de posse foi baseada no fato de que a dissolução não seria legítima, mas quem referenda isso é a direção nacional do partido. Como só faltava essa informação, isso já está superado, é só uma questão burocrática", afirma Rocha Loures. "Nós refutamos tudo isso, já que a ata da reunião [de sexta-feira] comprovou tudo que a gente falava: eles omitiram o edital, votaram um assunto que já estava revogado e não deram oportunidade de defesa a ninguém", contrapõe Serraglio.

Mudanças

As alterações na executiva estadual do PMDB foram realizadas em reunião do diretório estadual na última sexta-feira, na qual compareceram 43 dos 71 possíveis votantes – 42 foram favoráveis e um votou em branco. Liderados pelo senador Roberto Requião, candidato ao governo do Estado, os membros do diretório convocaram a reunião alegando que os membros destituídos estariam atrapalhando as eleições majoritárias.

Como na quarta-feira passada a Executiva do partido determinou o fechamento da sede do partido até domingo, por luto pela morte do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, Requião e seus aliados fizeram a reunião na calçada. Depois do encontro, o grupo chamou um chaveiro para abrir a porta e ocupar a sede. Na segunda-feira, porém, os membros destituídos conseguiram na Justiça uma reintegração de posse do local.

Além de Rocha Loures, que assumiu a presidência do PMDB, Sérgio Ricci é o novo secretário-geral, no lugar do ex-governador Orlando Pessuti, e outros três nomes foram substituídos – de um total de 16, incluindo os suplentes.