Destituída na última semana, a executiva do PMDB do Paraná obteve uma ordem de reintegração de posse e voltou, nesta segunda-feira (18), a ocupar a sede do partido em Curitiba. A destituição aconteceu na sexta-feira, após reunião convocada pelo senador e candidato ao governo, Roberto Requião (PMDB), que acusa colegas de partido de não o apoiarem na candidatura ao governo estadual. A decisão judicial também devolve os poderes à executiva destituída na sexta-feira. De acordo com o Juiz Substituto que expediu a ordem de reintegração de posse - José Eduardo de Mello Leitão Salmon, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) - não há provas de que a comissão executiva foi de fato dissolvida. Ainda de acordo com a decisão judicial, é imprescindível que a deliberação esteja em ata - devidamente assinada e registrada, além de informar os membros destituídos da decisão.
De acordo com o ex-governador e secretário-geral do partido no Paraná, Orlando Pessuti, os membros da executiva (Osmar Serraglio, Doático Santos, Stephanes Junior e Alexandre Curi) entraram na Justiça no domingo (17). A ordem de reintegração de posse foi emitida nesta segunda.
Pessuti diz que os membros da executiva entraram no diretório para fazer uma vistoria e solicitaram a presença de um chaveiro para abrir portas que estavam trancadas. "Essa invasão foi um ato arbitrário que o velho MDB de guerra nunca viu, nem mesmo na época da ditadura".
O ex-governador disse, ainda, que o grupo pretende denunciar Requião à comissão de ética do partido, além de entrar com representação contra ele por infidelidade partidária. "Ele nos acusa de infidelidade, mas já afirmou que não está fazendo campanha para a presidenta Dilma e, consequentemente, para o nosso candidato [a vice], Michel Temer".
A destituição e a tomada da sede do partido ocorreram na sexta, após uma reunião dos membros do partido. O encontro decidiu, com maioria de 42 votos, pela dissolução da comissão executiva estadual, acusada de sabotar a candidatura de Requião ao governo.
Outro lado
De acordo com representantes de Roberto Requião, a reunião de sexta-feira aconteceu de forma legítima e foi legalmente convocada, de acordo com o estatuto do partido. A decisão pela dissolução foi tomada por maioria e votos.
Ainda de acordo com a assessoria do candidato, uma vez que o PMDB elegeu o candidato próprio ao governo de forma democrática, os membros da executiva ferem o princípio de fidelidade partidária ao deixar de apoiá-lo.
O advogado do PMDB, Luiz Fernando Delazari, afirmou que irá esclarecer ao juiz que a reunião seguiu os princípios do estatuto e foi feita de forma legal. Ainda de acordo com o advogado, o grupo liderado por Requião tem o aval do diretório nacional do partido para a ação. "Esse é o último suspiro dos infiéis".
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