Nova pesquisa presidencial do Ibope, divulgada ontem à noite, mostrou um cenário de leve queda da presidente Dilma Rousseff (PT) nas intenções de voto, estabilidade de Marina Silva (PSB) e crescimento de Aécio Neves (PSDB) embora ele ainda esteja distante das demais concorrentes. Na simulação de segundo turno, Marina e Dilma estão tecnicamente empatadas.
INFOGRÁFICO: Confira a nova pesquisa do Ibope
Os dados do Ibope mostram que Dilma caiu de 39% na pesquisa anterior para 36%. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais, é possível dizer que houve uma leve queda da presidente. Já Marina oscilou de 31% para 30% e Aécio subiu de 15% para 19%. Pastor Everaldo (PSC) manteve 1% das intenções de voto na comparação com a pesquisa anterior, realizada entre 5 e 8 de setembro. A soma dos outros candidatos também se manteve em 1%. Brancos e nulos oscilaram de 8% para 7% e indecisos, de 5% para 6%.
Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, há empate técnico: 43% para a candidata do PSB contra 40% para a petista. Se o cenário for entre Dilma e Aécio, a presidente vence por 44% a 37%. Se o segundo turno for entre Marina e o tucano, a vitória é da ex-ministra, por 48% a 30%.
Análise
O analista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria Integrada, diz que o acirramento da disputa entre Marina e Dilma e a troca de acusações entre elas acabou favorecendo Aécio, que subiu quatro pontos nas intenções de voto do primeiro turno, enquanto as duas candidatas perderam um e três pontos, respectivamente. Para ele, porém, ainda é cedo para dizer que a recuperação do tucano vai alterar a tendência de polarização entre as duas candidatas.
Cortez avalia ainda que as denúncias feitas na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, supostamente envolvendo o PT e o PSB, pode ter contribuído para a queda das candidatas. "Embora não ache que seja fator predominante", ressalva.
Avaliação
A pesquisa também avaliou a aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo o instituto Ibope, 37% dos entrevistados julgam a administração da petista como boa ou ótima.