Discursando com uma voz rouca por uma "violenta gripe", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou nesta quinta-feira (7) os presidenciáveis da oposição afirmando que para eles o "futuro é coisa abstrata que nem eles sabem o que é".

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Falando para uma plateia de sindicalistas, o petista afirmou ainda que "essa gente não sabe" que o futuro do país começou em 2002 quando o PT foi eleito para comandar o país. O ex-presidente ironizou a avaliação de oposicionistas de que o país perdeu competitividade.

"Agora é moda nesse país é que temos que discutir produtividade, o futuro do país, que nós precisamos discutir competitividade. Alguns já chegam a dizer que o Brasil deixou de ser competitivo porque o salário está muito alto", disse Lula."O que está gente não sabe é que o futuro começou em 2002 quando os trabalhadores tomaram consciência e resolveram eleger um metalúrgico para presidência. O futuro começou quando os trabalhadores decidiram tomar o destino em suas próprias mãos", completou.

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Lula elencou vários programas sociais de sua gestão e da presidente Dilma Rousseff como sinônimo do futuro, destacando a política de valorização do salário mínimo."Para eles, o futuro é coisa abstrata, que nem eles sabem o que é. Para nós é o povo construindo junto as novas propostas do país. Por isso temos que discutir com eles e com muita força essa questão do futuro", afirmou.

"Eu tenho orgulho de dizer que o futuro que os nossos adversários querem é o futuro desse país, é a reeleição de Dilma". O futuro chegou neste país quando a gente teve coragem de quebrar todos os preconceitos e eleger a primeira mulher presidente".

No ato que confirma o apoio de seis centrais sindicais à reeleição de Dilma, Lula optou mais uma vez por pregar um discurso de divisão de classes e reforçou que na gestão do PSDB os trabalhadores não conseguiam nenhuma reunião no Planalto. O petista destacou a lealdade dos sindicalistas.

"Eles às vezes são chatos, falam mal da gente, reivindicam coisas que a gente não pode atender. Eles às vezes são duros com a gente quando a gente precisava um pouco de carinho. Uma coisa você já aprendeu e eu aprendi há muito tempo: podem contestar alguma coisa que fazemos no governo, mas pode ter certeza que, no momento adverso, são os primeiros a levantarem para nos defender".

"SACANAGEM"Lula aproveitou o ato para reclamar de decisão de uma emissora de só exibir a cobertura da agenda de candidatos ao governo de São Paulo com mais de 10% de intenção de votos. O candidato do PT, Alexandre Padilha, registra 4% das intenções de voto. O ex-presidente não citou diretamente a TV Globo, mas disse que a crítica se referia ao principal telejornal do país.

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Lula queixou-se de que, para presidenciáveis, o critério de exibição é ter mais de 6% enquanto que, para a eleição paulista, é necessário ter 10%. "Já fui vítima de todas as sacanagens que vocês possam imaginar, mas tem coisa que vai ficando insuportável. A Dilma é candidata, mas eles decidiram que só vão colocar na televisão do principal jornal deste país candidatos acima de 6% das intenções e não os pequenos. Em São Paulo, a sacanagem é tamanha, que eles decidiram que só vão colocar os candidatos acima de 10% para tirar o Padilha da televisão. Cada eleição, é uma sacanagem", disparou.