O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o projeto de governo do PSDB "perpetua as desigualdades sociais e regionais" e frisou que o partido adversário não tem "autoridade" para "apontar o dedo em matéria de combate à corrupção". Em entrevista ao jornal A Crítica, de Manaus (AM), Lula destacou que a eleição colocou em confronto dois projetos opostos para o País.

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"O nosso projeto representa o desenvolvimento com inclusão social. Em nossos governos, nós garantimos a estabilidade econômica em sintonia com o objetivo de melhorar a vida das pessoas", disse. "O projeto do PSDB significa uma volta ao passado, em que o Brasil era governado por uma pequena elite que só conseguia ver os interesses de uma pequena parcela da população. É um modelo que perpetua as desigualdades sociais e regionais", comparou.

O ex-presidente admitiu que, no primeiro turno, candidatos adversários tiveram mais votos em algumas cidades governadas pelo PT, mas frisou que o partido e seus aliados venceram em alguns Estados governados pelo PSDB.

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Sobre as denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras, Lula afirmou que a credibilidade do PT está relacionada à "coragem" de enfrentar a corrupção. "Eu duvido que denúncias como estas que vemos hoje seriam investigadas e expostas na imprensa em um governo do PSDB. Quem viveu aquele tempo se recorda: o procurador-geral da República era conhecido como engavetador-geral. Que autoridade tem essa gente para nos apontar o dedo em matéria de combate à corrupção?", questionou.

Ao ser indagado sobre o peso do Norte do Brasil na estratégia de reeleição do PT, Lula disse que o PT pensa no País como um todo e que essa é uma "atitude inovadora" do governo federal. "Nossos adversários não pensam assim, mas nós acreditamos que um País só é forte e desenvolvido quando todas as suas regiões são fortes e desenvolvidas", disse, alfinetando os adversários. Lula chegou hoje a Manaus para fazer campanha pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo candidato ao governo do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB).

Lula também negou que o PT use uma "tática do medo" e disse ser contra a "tática do ódio que eles estão alimentando hoje". "Quando eu vejo tantas mentiras que eles contam, as vezes com a ajuda da imprensa, e de preferência às vésperas da eleição... Cada vez me dá mais vontade de militar por esse partido para continuar as mudanças que o Brasil precisa para construirmos um País mais próspero e justo para todos", afirmou.

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