Em uma carta com duas páginas, a ex-candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, pediu que neste segundo turno da sucessão presidencial os partidos que integraram sua coligação se recusem a participar da "guerra suja da destruição" e que não abram mão do debate programático de "alto nível.
Previsto para ser anunciado ontem, Marina adiou seu comunicado, e hoje a coligação deve encaminhar o conjunto de propostas ao tucano
Marina só anunciará sua posição depois que Aécio se manifestar sobre os compromissos programáticos. O objetivo é que fazer com que ele se comprometa publicamente para evitar que as promessas sejam abandonadas posteriormente.
A ex-candidata e seus aliados exigem do tucano uma sinalização clara à esquerda, o que inclui o abandono de uma de suas principais bandeiras de campanha, a redução da maioridade penal, hoje de 18 anos.
Exigências
Pedro Ivo, um dos principais aliados de Marina, listou as exigências que serão levadas a Aécio. "Há uma ausência de políticas sociais claras no programa do candidato. É fundamental a revisão da proposta de maioridade penal, é fundamental o compromisso com a reforma agrária, em não haver retrocesso nos direitos trabalhistas, é fundamental que sejam desengavetadas as demarcações de terras indígenas, é fundamental uma política progressista em relação ao clima",
Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ontem que não abrirá mão da proposta de redução da maioridade penal em casos de crimes graves para obter o apoio de Marina Silva (PSB) no segundo turno das eleições. Ele afirmou que uma aliança no segundo turno deve ser feita tendo como base "o essencial".
"O caso não é de abrir mão de propostas. É aprimorarmos. Se formos reconstruir o projeto desde o início, não estamos fazendo uma aliança. Aliança tem que acontecer em torno do essencial. O essencial hoje é a mudança. E eu, pela vontade de grande parte dos brasileiros, tenho a responsabilidade de conduzir essa mudança", disse Aécio, em coletiva de imprensa.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast