Marina Silva, candidata à vice na chapa presidencial do PSB, chegou bastante emocionada à prefeitura de Santos nesta quarta-feira (13), após o acidente aéreo que matou Eduardo Campos. De acordo com integrantes do PSB e da Rede, ela chorava muito, principalmente quando encontrou a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).

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● Leia a cobertura completa da morte de Eduardo Campos

Marina está reunida com autoridades e correligionários no gabinete do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

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O avião Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, voava do aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a base aérea do Guarujá (SP). Campos teria três compromissos de campanha em Santos. A ex-senadora também embarcaria com o companheiro de chapa. Segundo aliados, ela mudou a rota na última hora e decidiu pegar um voo de carreira com assessores. Em São Paulo, recebeu a notícia de que o avião tinha caído e seguiu para Santos com assessores.

Marina é cotada para assumir o lugar de seu aliado na cabeça da chapa. O partido terá dez dias para decidir e anunciar a substituição.

Acidente

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) quando o avião em que voava com assessores caiu sobre um prédio em Santos (SP).

Campos tinha 49 anos e estava em terceiro lugar na corrida presidencial. Tinha 8% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha. Ex-governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, era considerado um dos políticos mais promissores de sua geração.A presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB, Aécio Neves, cancelaram suas agendas ao receber a notícia.

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As causas do acidente ainda não foram confirmadas pela Aeronáutica.

Além do presidenciável, estavam a bordo quatro assessores: Alexandre Severo (fotógrafo oficial da campanha), Marcelo Lira (cinegrafista), Pedro Valadares (ex-deputado e assessor do candidato) e Carlos Percol (assessor de imprensa). Também morreram o piloto e o copiloto da aeronave.

Neto de Arraes

Campos morre num 13 de agosto, mesmo dia em que o avô, Miguel Arraes, faleceu em 2005, aos 88 anos. Perseguido pela ditadura militar, que o afastou do governo de Pernambuco após o golpe de 1964, Arraes lançou o neto na política na década de 1980.

O avião caiu sobre um prédio na rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão, região central de Santos. Ao menos cinco pessoas que não estavam a bordo ficaram feridas e foram encaminhadas para um hospital da região.

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Eduardo Campos deixa a mulher, a economista Renata Campos, e cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo de 2014.

Ele era filho de Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União), e do escritor Maximiano Campos (1941-1998).