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A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira (12) que os adversários estão apavorados e desesperados com o seu desempenho nas pesquisas eleitorais, por isso criaram o que ela chamou de "indústria de boatos" e "calúnias" para bombardear a campanha da ex-ministra.

"Estou sofrendo todo tipo de calúnia, mas estou tranquila e serena, porque vejo que eles estão apavorados e desesperados com a possibilidade de perder", disse Marina, que participou de encontro com empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A candidata aproveitou para cobrar de seus principais adversários, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o tucano Aécio Neves, a divulgação de seus programas de governo. Segundo Marina, PT e PSDB, que ainda não apresentaram seus programas de governo, têm analisado o do PSB profundamente para abrir fogo com uma artilharia pesada contra a sua campanha.

"Os dois candidatos não apresentaram seus programas e dizem que estão preocupados com as nossas ideias... cuidado porque assinar cheque em branco é perigoso e dar procuração para advogado desonesto é perigoso", acrescentou Marina. A mesma crítica sobre o programa e aos ataques dos adversários foi feita pelo vice na chapa de Marina, o deputado federal Beto Albuquerque (RS). "Eles sequer têm coragem de ter programa (de governo), preferem satanizar o nosso programa. O PT passou de todos os limites da razoabilidade... estamos discutindo a mentira, a conversa fiada", afirmou.

Marina, que já chegou a aparecer na liderança em pesquisas num eventual segundo turno com a presidente Dilma Rousseff, viu sua vantagem diminuir a ponto de agora as duas estarem em empate técnico. Ao ser questionada sobre a recuperação de Dilma em pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira , Marina minimizou o resultado. A presidente abriu 8 pontos sobre Marina no primeiro turno, mostrou o levantamento. Dilma lidera as intenções de voto para o primeiro turno, com 39%, contra 31% de Marina Silva (PSB), e as duas estão em empate técnico na simulação de uma segunda rodada de votação. Aécio apareceu com 15%.

"Vamos continuar fazendo o debate, não vamos fazer o embate... As pesquisas são um momento da campanha... o projeto (deles) tem como estratégia de agressão, boatos e a sociedade tem maturidade e haverá de firmar sua posição com base nas ideias que apresentamos", disse Marina a jornalistas.

Marina reiterou que não fará um "vale-tudo" para ganhar uma eleição e lembrou a disputa entre os ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 1989. "Não vale tudo para ganhar uma eleição. Eu vi o Collor de Mello ganhar uma eleição do Lula usando a mesma estratégia que a presidente Dilma está usando e não foi um resultado bom para o país. Quero ganhar com base no diálogo, proposta e diálogo, e não com a indústria da calúnia, da mentira, boato, preconceito e difamação", disse.

"Lutei muito contra isso que estão fazendo comigo na época que o Lula era candidato. O mesmo punhal enferrujado está sendo usado contra mim", disse Marina, que foi filiada ao PT e ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula.

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