O PSB vai começar a veicular na TV uma nova propaganda para defender a candidata da sigla à Presidência, Marina Silva, dos ataques que vêm sofrendo. Num primeiro momento, o comercial registrada pelo partido na Justiça Eleitoral dizia que "os adversários" de Marina estavam "se desesperando" e começavam "a apelar". A segunda versão, porém, trouxe uma pequena mudança e concentra as críticas na figura da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Os jornais mostram que Dilma e o PT estão se desesperando e começando a apelar", diz o novo texto da inserção. O final da peça não foi alterado: "Tome muito cuidado com o que dizem por aí. Porque quanto mais a Marina subir, mais o nível dos adversários vai descer". Um spot de rádio também foi produzido pela campanha do PSB, com citação nominal à candidata do PT. "Dilma tem pelo menos 11 minutos no programa de rádio e TV. Você já notou que nesse tempo todo ela só fala mal da Marina?"
A avaliação da coordenação da campanha é que as críticas têm de ser concentradas em Dilma, já que os ataques mais duros contra Marina têm vindo do PT. Nesta semana, a campanha da petista começou a veicular na televisão propagandas que criticam a proposta de independência do Banco Central de Marina e dizem que se ela for eleita, a exploração do pré-sal será deixada em segundo plano, o que tiraria recursos da saúde e da educação.
"Estamos indignados com a postura do PT de explorar a mentira na TV", disse Walter Feldman, coordenador-geral da campanha do PSB. Segundo ele, que foi filiado ao PSDB antes de aderir ao grupo de Marina, como Aécio Neves está em terceiro lugar e a campanha de Dilma tem sido mais agressiva, é natural que o PSB responda diretamente a Dilma e poupe o tucano.
O próprio Aécio tem amenizado as críticas à adversária do PSB. Ontem, o tucano se disse solidário a Marina "em relação a essas críticas pessoais que têm sido feitas a ela". Um eventual apoio do PSDB a Marina tem sido discutido discretamente pela legenda.
Pesquisas
Feldman admitiu que os ataques do PT surtiu efeito e atingiu as intenções de voto de Marina, mas disse acreditar que a tática do "medo" terá papel limitado. "Nossa teoria é que isso pode ter um efeito rebote para a Dilma", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.