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A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, acusou nesta segunda-feira (8) o governo do PT de manter "essa quadrilha que está acabando com a Petrobras", mas evitou responsabilizar pessoalmente a presidente Dilma Rousseff pelo escândalo de corrupção que acometeu a estatal.

"Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras é o atual governo que, conivente, deixou que todo esse desmande acontecesse em uma das empresas mais importantes do país", disse Marina após visita a uma creche na capital paulista. "A presidente [Dilma] tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana em dizer que ela tem responsabilidade direta pessoalmente", concluiu.

A candidata do PSB defendeu a investigação do esquema bilionário de desvio de dinheiro na Petrobras "doa a quem doer". "Não vou querer ganhar uma eleição a qualquer custo, a qualquer preço".

Neste sábado (6), a revista "Veja" informou que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa citou dezenas de políticos, em regime de delação premiada, que estariam envolvidos no escândalo, entre eles o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, ex-companheiro de chapa de Marina morto em 13 de agosto em um acidente aéreo em Santos (SP).

Além dele, os líderes do Congresso, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e diversos deputados e senadores da base do governo também foram listados.

Marina não levantou dúvidas sobre a veracidade das denúncias de Costa, mesmo com a referência direta a Eduardo Campos. "É uma delação premiada. Com certeza o Ministério Público não iria premiar aquilo que não tenha base de realidade".

O governo petista e a presidente Dilma Rousseff tentam desqualificar o depoimento de Costa, dizendo que por enquanto só há citações, e não provas, e que os adversários do PT fazem uso eleitoral do caso.

VISITA À CRECHE

Marina visitou uma creche na região central de São Paulo que tem convênio com a prefeitura da capital, comandada por Fernando Haddad (PT). A candidata disse que aquela era "uma boa experiência" com exemplos que poderiam ser transformados em "políticas públicas". No entanto, afirmou que a visita era "técnica" e que "não significava nenhum alinhamento político".

A candidata fez críticas à gestão do governo federal e disse que a presidente Dilma havia prometido 6 mil creches, "mas só entregou 400 e 700 estão em construção".Questionada sobre quantas creches irá fazer caso seja eleita em outubro, Marina não quis se comprometer e disse que "não trabalha" com números. "Alcançaremos um número significativo e compatível com nossos quatro anos de governo", declarou.

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