Pela primeira vez nos últimos dias a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, falou de sua mágoa por causa dos ataques promovidos pelo PT, seu antigo partido. Durante a inauguração de um comitê em Fortaleza a ex-senadora lamentou ter lutado em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agora sofrer críticas pesadas de sua antiga sigla. "Nunca imaginei, por mais criativa que eu fosse, depois de 30 anos lutando no PT, depois de ter enfrentado jagunço e depois de ter lutado pelo Lula que seriam eles que iriam fazer de tudo para me destruir", lamentou.
Em discurso para militantes da coligação, Marina disse que é preciso chamar a presidente Dilma Rousseff à razão. "Parem de querer me destruir. Eu tenho uma história", disse.
Para a candidata, Dilma é incentivada pelo seu marqueteiro João Santana a atacá-la e aumentar a artilharia no primeiro turno, uma vez que a petista tem mais de onze minutos de tempo de TV, enquanto Marina só tem 2 minutos para rebater as críticas e apresentar seu programa de governo. Segundo Marina, a equipe de Dilma tem consciência de que poderá ser mais difícil vencê-la.
"Por que quando chegar o 2º turno de igual para igual 'o tempo de TV' ela 'Marina' será imbatível", disse Marina imaginando como seria a orientação do publicitário à petista.
Marina e seu vice Beto Albuquerque lembraram que na sucessão presidencial de 2010 a então candidata Dilma Rousseff defendeu a autonomia do Banco Central em um debate contra o tucano José Serra. "São dois pesos e duas medidas. São duas palavras", criticou.
Numa maratona de agenda de campanha que começou no Rio de Janeiro e terminou com três eventos em Fortaleza, Marina foi apresentada a quinze parentes que desconhecia. A ex-senadora nasceu no Acre mas seus pais são do Ceará e ela nunca teve oportunidade de conhecer a família que vive neste Estado.
Petrobras
O vice da chapa aproveitou para rebater a representação que o PT protocolou contra Marina Silva após uma entrevista da candidata onde ela disse que a sigla havia colocado um diretor para roubar a Petrobras por 12 anos. Marina se referia ao ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato. Para Albuquerque, o aparelhamento da estatal é a principal causa das denúncia de corrupção que surgiram nos últimos tempos.
"Não pode agora quem comanda o país dizer que é um problema do Paulo Roberto não. Esse é um problema de gestão", concluiu.
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