A campanha de empresários de Ponta Grossa (Campos Gerais) que propõe a suspensão do direito ao voto para beneficiários de programas de transferência direta de renda de qualquer instância governamental, como o Bolsa Família (do governo federal), será investigada num inquérito do Ministério Público do Paraná (MPPR). Segundo a Associação Comercial, Industrial e Empresarial da cidade (Acipg), essa medida traria mais "lisura" às eleições, já que esses programas poderiam "vincular" os eleitores aos governos.
O MPPR pretende verificar se a proposta, divulgada através de uma cartilha, configura ação preconceituosa e discriminatória contra os cidadãos beneficiados pela transferência de renda. Segundo nota do órgão, foram encaminhados ofícios sobre a investigação à Acipg, que deverá se manifestar dentro de 15 dias apresentando sua defesa ou uma explicação mais detalhada sobre a ideia, que gerou polêmica na cidade. A cartilha foi encaminhada a candidatos para diversos cargos nas próximas eleições.
Por telefone, o presidente da entidade, Nilton Fiori, afirmou que não foi comunicado do procedimento e que a Acipg mantém posição favorável à proposta, já que segundo ele expressa a opinião da diretoria. Também dentro de 15 dias, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Ponta Grossa terá que apresentar ao MPPR o número de beneficiados por programas como o Bolsa Família em Ponta Grossa e o valor médio mensal repassado a eles.
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