A candidata à presidência da República pelo Psol, Luciana Genro, votou neste domingo (5) às 12h34 na escola Apeles, no bairro Santana, em Porto Alegre. Ela chegou ao local acompanhada do filho Fernando Genro Robaina, do candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Roberto Robaina, sua vice Gabi Tolotti, e os candidatos à assembleia, Pedro Ruas e Fernanda Melchiona, todos do Psol.
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Questionada pela reportagem se a candidatura nacional a fortaleceria para uma possível disputa à prefeitura de Porto Alegre em 2016, afirmou que prefere não pensar no assunto agora. "Não estou pensando em futuras candidaturas, estou pensando em ganhar a Presidência da República", disse. Ela já foi candidata à prefeitura da capital em 2008, quando atingiu 9% dos votos na ocasião. No processo eleitoral de 2010, mesmo com um bom número de votos, não pode assumir por ter o pai como governador do Rio Grande do Sul.
Sobre a relação com Tarso Genro (PT), explicou que não poderia pedir votos a ele, pois são representantes de projetos diferentes de governo.
A candidata falou com jornalistas antes de se dirigir à seção eleitoral. Ela reclamou da falta de presença da imprensa durante a sua campanha e disse gostaria de ter tido a mesma atenção dos jornalistas durante o processo. "Se eu tivesse toda essa atenção da imprensa durante a campanha estava garantido", observou. Ela acrescentou que a principal diferença de sua campanha foi o foco nas redes sociais, dando atenção ao eleitor jovem, para equilibrar o que nomeou como uma campanha "dos milhões contra os tostões" pelo baixo valor arrecadado.
A candidata avaliou as eleições como uma chance de o Psol trazer ao debate temas que, segundo ela, ficariam escondidos por candidatos.
Para Luciana, os outros concorrentes não se posicionaram voluntariamente sobre questões polêmicas, como o aborto e os direitos civis LGBT. Ela avalia que o partido cresceu muito nos últimos 10 anos, o que culminou no que chama de um "projeto forte para o Brasil".
O repórter de um programa humorístico perguntou se ela escolheria o Pastor Everaldo (PSC) ou Levy Fidelix (PRTB) caso tivesse que repopular o mundo e eles fossem a única alternativa. "Esta espécie é melhor não repopular", respondeu entre risos.
Diferente de outros postulantes ao cargo, o esquema de segurança na escola foi quase inexistente. Apenas três policiais militares olhavam à distância a movimentação. Luciana parou diversas vezes para conversar com eleitores e militantes do partido e pegou uma criança no colo.
Ela saiu por volta das 12h45 da escola em direção ao Colégio Unificado, no Centro de Porto Alegre, para acompanhar o voto de Robaina.
O filho Fernando Genro, que ganhou visibilidade e chamou atenção nas redes sociais durante a campanha, se mostrou tranquilo com as manifestações de carinho. "Acho legal toda essa movimentação, me divirto muito, mas hoje estou apenas como motorista da minha mãe", disse timidamente.
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