O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) disse nesta segunda-feira (29) que a principal marca do atual governo é a terceirização de responsabilidades, se referindo à afirmação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os altos e baixos do mercado financeiro são provocados por incertezas no cenário externo, e não pelos resultados das pesquisas eleitorais.

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Ele disse que também que a mesma justificativa é dada para o baixo crescimento econômico do país. "[Na visão do governo] É a crise internacional que tem feito o Brasil crescer menos. Mas os outros países que estão ao nosso lado estão crescendo muito mais que o Brasil. Em que mundo eles estão [integrantes do governo] vivendo?", afirmou o senador em Uberlândia (MG), onde participou de carreata.

O senador mineiro afirmou ainda que nos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT) o Brasil cresceu na média das taxas registradas em países da América Latina. "Nos quatro anos da Dilma [Rousseff] o Brasil vai crescer em média dois pontos percentuais a menos do que cresce a América Latina. Isso significa que os empregos estão indo embora, principalmente os de menor qualidade."

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O tucano reafirmou que o Banco Central terá total autonomia e liberdade para exercer a política monetária adequada para permitir que o Brasil volte a crescer.

Aécio classificou como "certa dose de improviso" a postura da candidata Marina Silva (PSB) de defender a autonomia do Banco Central. "Ela se viu com a necessidade de fazer sinais um pouco mais radicais ao setor financeiro. Mas nós não temos necessidade de fazer sinais a ninguém", afirmou o senador.Ele voltou a criticar o fato de a presidente Dilma já ter sinalizado pela saída de Mantega num eventual segundo mandato. "Eu e a candidata temos muitas diferenças, mas uma é essencial, na economia. Eu anunciei quem será o ministro da Fazenda em caso de vitória, para sinalizar para onde vamos. O máximo que a presidente Dilma conseguiu foi anunciar ao Brasil seu ex-futuro ministro da Fazenda."