| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

O senador Alvaro Dias (PSDB), reeleito com 77% dos votos válidos, afirmou ontem que ainda é cedo para pensar nas próximas eleições e disse que seu futuro político deve ser definido após o resultado da eleição presidencial. Em entrevista à Gazeta do Povo, Alvaro afirmou que deve trabalhar intensamente no Paraná para garantir uma votação ainda mais expressiva do candidato tucano Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. No Paraná, Aécio teve 49,79% dos votos válidos e ficou mais de um milhão de votos acima da votação da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador afirmou que, caso Aécio seja eleito, será seu "colaborador solidário" e está à disposição para qualquer missão de que for incumbido. Alvaro também afirmou que um possível apoio da terceira colocada no pleito presidencial, Marina Silva (PSB), não deve ser prioridade na campanha tucana. "A prioridade no segundo turno não é articular estas composições nem atrair forças políticas e sim fazer um contato direto com o eleitor", disse. Confira os principais trechos da entrevista. .

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O senhor foi reeleito com 77% dos votos válidos. A que o senhor atribui a grande votação?

Encaro essa votação como um amadurecimento político, como uma consciência. Isso é uma resposta do eleitor ao que se fez antes da campanha e não ao que se diz durante. Isso gera uma esperança de avanço no país e dessa forma as escolhas serão mais adequadas. É a resposta a um comportamento, a uma postura, a uma ação desenvolvida ao longo do mandato. O senhor pretende voltar ao governo do Paraná em 2018?

Devemos aguardar agora a eleição presidencial. Eu tenho a convicção de que o resultado desta eleição é que pode orientar em relação ao futuro. Aécio Neves ganhando a eleição, serei seu colaborador solidário. Temos que contribuir para que ele possa realizar as mudanças que o país exige, sem pensar muito no próximo pleito. Eu acho que não é o momento para essa definição. O senhor poderia vir a assumir um ministério, caso Aécio seja eleito? Há esta expectativa?

Ainda é cedo também para essa cogitação. Ele pensará nisso caso seja eleito. E caso isso aconteça nós seremos uma ponte do presidente da República com o governo estadual, facilitando a vinda de recursos públicos para o estado, já que nos últimos anos houve um descaso visível. Não estamos pensando em cargos. Como o senhor avalia a votação do candidato Aécio Neves e a ida para o segundo turno das eleições?

Ele saiu vitorioso aqui no estado e certamente terá uma grande vantagem no segundo turno. Em relação ao Brasil, o cenário também é favorável, porque certamente os eleitores da Marina Silva [PSB] optaram pela mudança. Obviamente haverá migração em um porcentual maior para a campanha do Aécio.

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O PSDB espera um apoio da Marina Silva à campanha?

Independentemente do apoio dela, o eleitor terá essa tendência a meu ver. A eleição do segundo turno dispensa intermediários, as estruturas desaparecem e o que prevalece é o confronto é entre os candidatos – é o mesmo tempo de televisão e de rádio. O eleitor dispensa esse intermediário. A prioridade no segundo turno não é articular essas composições nem atrair forças políticas e sim fazer um contato direto com o eleitor. O senhor deve trabalhar ativamente na campanha a partir de agora? O candidato Aécio Neves deve voltar ao Paraná nas próximas semanas?

Vou me colocar à disposição dele para qualquer missão que ele me incumbir. Particularmente, vou fazer o possível para ele seja eleito alimentando essa sede de mudança que o brasileiro tem. Faremos o possível para fortalecer a campanha no estado. O Aécio com certeza voltará ao Paraná, mas ainda não há data definida.