A agressividade das eleições presidenciais no Brasil foi tema de uma reportagem do jornal inglês "Financial Times". Em texto publicado no site do jornal, o diário destaca fala de Marina Silva (PSB), candidata derrotada no primeiro turno, sobre ser vítima de uma campanha difamatória promovida pelo PT.

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O artigo, de autoria do jornalista Joe Leahy, apresenta Marina como uma ex-senadora que esteve à frente na disputa eleitoral e cujo apoio murchou diante da campanha negativa do PT. O texto ainda explica que a candidata derrotada foi lançada aos holofotes após a morte de Eduardo Campos, que, até então, encabeçava a chapa do PSB à Presidência.

De acordo com a reportagem, o PT, que tenta reeleger Dilma Rousseff, empregou a máquina partidária e o tempo maior no horário político para "pintar a imagem" de que Marina é amiga de banqueiros e grandes empresários, "em contraste evidente com sua trajetória de vida humilde como uma seringueira analfabeta". "Uma coisa horrível que eles [petistas] disseram é que eu sou homofóbica, que uma pessoa gay teria tentado se aproximar de mim e que os meus seguranças teriam batido nele com tanta força que ele morreu", disse a ex-senadora de acordo com o publicado no jornal.

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A reportagem reproduz uma acusação de Marina em que ela diz que o PT mobilizou um exército de funcionários comissionados do governo para atacá-la nas redes sociais. "Eles receberam a ordem de postar cinco itens por dia a favor da Dilma ou contra mim", disse.

Ela também disse que o partido espalhou rumores de que ela, se eleita, transformaria o Bolsa Família em um cartão de crédito que cobra juros para bancos.

Ao mencionar um ataque petista contra Aécio Neves (PSDB), que disputa o segundo turno com a presidente Dilma, o "Financial Times" diz que Lula comparou o candidato a um nazista.Na Verdade, Lula comparou tucanos a nazistas.

O jornal diz ainda que apoiadores de Aécio também "não se acanham na hora de associar a política econômica de Dilma à da presidente da Argentina, Cristina Fernández [Kirchner], cujos métodos intervencionistas tornaram-na impopular entre mercados financeiros."

O tom predominantemente negativo da campanha, segundo o texto, frustra especialmente os membros da classe média baixa do Brasil, que gostariam de ver o debate político direcionado a temas como saúde, transporte e segurança.

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