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Ao reclamar de "fofocas" e "calúnias" que vêm sendo espalhadas sobre Marina Silva (PSB), o vice na chapa da presidenciável, Beto Albuquerque, afirmou nesta terça-feira (23) em Curitiba que o PT "usa os mesmos recursos de [Joseph] Goebbels" para vencer a eleição "a qualquer preço".

Goebbels (1897-1945) foi ministro da propaganda do ditador nazista Adolf Hitler (1889-1945) e é apontado como um dos principais responsáveis pela construção de sua imagem pública.

"Um partido [PT] que no passado perdeu uma eleição para o [Fernando] Collor em função da mentira usa hoje os mesmos recursos de Goebbels para tentar ganhar a eleição a qualquer preço", afirmou Albuquerque, do PSB.

Para ele, "o PT está fazendo política à moda antiga", com "baixaria" e "mentiras".

Agronegócio

Albuquerque veio a Curitiba para falar com representantes do agronegócio, a convite da Federação da Agricultura do Paraná, e "esclarecer dúvidas" sobre o projeto de Marina para o setor.

"Tem muita gente ouvindo outros falar de Marina. Eu prefiro que ouçam o que ela tem a dizer", afirmou.

O gaúcho, que é deputado federal e tem trajetória de afinidade com o agronegócio, recebeu doações eleitorais de empresas da área.

Uma das principais preocupações dos produtores rurais é a promessa de Marina de atualizar os índices de produtividade usados para desapropriação de terras para fins de reforma agrária. Os produtores são contrários à medida, que, na prática, ampliaria o número de imóveis rurais passíveis de desapropriação para a criação de assentamentos.

Segundo Albuquerque, os índices servirão "para premiar os bons [fazendeiros], e não para punir".

"Fiquem tranquilos. Esses índices hoje não são mais o caminho para a reforma agrária", declarou. "Reforma agrária se faz adquirindo áreas, e não pelo conflito da desapropriação."

O vice de Marina afirmou que a ideia é que quem tiver bons índices de produtividade receba mais crédito, investimento ou assistência técnica.

O deputado também prometeu fortalecer o Ministério da Agricultura, reiterou os compromissos que Eduardo Campos havia feito com o setor ("Eu sou a memória desses compromissos", disse) e negou que o Código Florestal será revisto.

"O que o Congresso decidiu está decidido. Nós vamos executá-lo. Temos que olhar para a frente."

Sobre transgênicos, disse que Marina não era contra seu plantio, mas que defendia a coexistência de lavouras transgênicas e não-transgênicas.

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