A trajetória de Dilma Rousseff
Dilma Rousseff nasceu em um lar de classe média de Belo Horizonte, em 1947. Filha do meio de um imigrante búlgaro e uma professora carioca, teve uma infância tranquila, bastante próxima a mãe e aos dois irmão. Dilma começou o ensino fundamental no Colégio Sion, uma das instituições de ensino mais tradicionais de Belo Horizonte, só para meninas. Ali, pela primeira vez, Dilma conheceu a pobreza, por intermédio de ações comunitárias promovidas pelas Freitas do Sion.
Dilma militou na Colina e na Val-Palmares durante o período em que o país foi governado por uma ditadura militar. Usou os codinomes de Wanda, Lúcia e Maria. Nesse período, esteve envolvida no planejamento do assalto ao cofre do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros.
No Paraná, Aécio fez 60% dos votos válidos
Candidato derrotado no segundo turno das eleições presidenciais, o candidato Aécio Neves (PSDB) derrotou Dilma Rousseff por mais de 1,3 milhão de votos no Paraná neste domingo (26). O tucano obteve 60,98% dos votos válidos no estado, contra 39,02% da atual presidente. Leia matéria completa.
A candidata Dilma Rousseff (PT) foi reeleita à presidente da república neste domingo (26). O resultado oficial que apontou a vitória da petista saiu às 20h30, quando 98% das urnas já estavam apuradas.
Confira vídeo da comemoração no comitê do PT em Brasília
Veja fotos de Dilma Rousseff, presidente reeleita da RepúblicaNo momento crucial, ela tinha 51,45% dos votos. A diferença entre os candidatos era de 3,007 milhões de votos e faltavam 2,677 milhões por apurar.
Na apuração anterior, às 20h22, Dilma tinha 51,38% dos votos contra 48,62% de Aécio Neves, candidato ao cargo pelo PSDB. Os números ainda não permitiam apontar qual dos candidatos estava matematicamente eleito.
Primeiras informações divulgadas
As primeiras informações sobre os resultados deste segundo turno das eleições presidenciais no país só começaram a ser divulgados depois das 20 horas (horário de Brasília) três horas após o encerramento das votações na maior parte do país. A "demora" ocorreu porque era necessário esperar o término de votação no extremo oeste do Amazonas e no estado do Acre.
As duas regiões têm fuso com duas horas de diferença em relação ao horário de Brasília. Com o horário de verão, a diferença passa a ser de três horas. Já Roraima, Rondônia e a maior parte do Amazonas têm duas horas a menos em relação a Brasília.
Mesmo com o horário de verão, o período de votação não teve alteração, ou seja, permaneceu das 8h às 17h, obedecendo o horário local.
O voto de Dilma
A presidente Dilma Rousseff passou o domingo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela passou a noite de sábado (25) na cidade e votou na manhã desse domingo, por volta das das 8h45, na Escola Estadual Santos Dumont, na Vila Assunção, zona sul de Porto Alegre. Ela foi recebida com muitos aplausos e gritos de apoio de militantes. Descontraída, tomou o chimarrão de um mesário e elogiou o mate. Aos jornalistas, a presidente disse que a campanha com Aécio Neves teve "momentos lamentáveis".
Na chegada à seção eleitoral, ela tomou chimarrão de um dos mesários e comentou que estava bom. Depois de sair da cabine de votação, ela fez o sinal de positivo, mostrou o comprovante de votação e voltou a tomar mais um pouco de chimarrão.
Mais cedo, Dilma tomou café da manhã com aliados políticos no Hotel Plaza São Rafael, no centro da capital gaúcha. Em declaração à imprensa, ela avaliou que a campanha eleitoral este ano foi diferente, com muitas mudanças e reviravoltas. A presidente lamentou a morte do candidato Eduardo Campos. "Acho que houve momentos em que o nível [da campanha] não foi muito alto, mas eu não diria que ela inteiramente foi uma campanha em que prevaleceu o baixo nível. Acho que teve momentos lamentáveis, com o uso de formas de tratamento indevidas. Acredito que isso foi rejeitado pela população. Acho também que se teve oportunidade de confrontar opiniões e fazer o debate sadio", disse.
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