Um ano e três meses após as manifestações que, entre outras bandeiras, protestaram contra os partidos políticos em junho de 2013, uma onda regressista e conservadora predomina nas disputas regionais. Em dois terços dos estados, os favoritos apontados pelas pesquisas de intenção são candidatos à reeleição, ex-governadores que querem voltar ao cargo ou integrantes de oligarquias locais. Só nove concorrentes com chances de serem eleitos poderiam ser definidos como "novidade" - nunca exerceram o cargo nem integram famílias tradicionais -, ainda que a maioria já tenha exercido mandato eletivo.
Sete ex-governadores que tentam retornar ao posto são líderes da disputa em seus estados, de acordo com as pesquisas. Três desses candidatos são peemedebistas: Eduardo Braga (Amazonas), Paulo Hartung (Espírito Santo) e Marcelo Miranda (Tocantins). Os outros quatro partidos neste bloco têm um representante cada. São o DEM, com Paulo Souto (Bahia); o PDT, com Waldez Góes (Amapá); o PSDB, com Cássio Cunha Lima (Paraíba); e o PT, com Wellington Dias (Piauí).
Outros dois ex-governadores que lideravam as pesquisas desistiram da corrida eleitoral, por causa da Lei da Ficha Limpa. Renunciaram à disputa José Roberto Arruda (PR, Distrito Federal) e Neudo Campos (PP, Roraima), ambos considerados ficha-suja pela Justiça.
Mais quatro anosOs eleitores de oito Estados têm dado preferência aos atuais governadores. Este bloco é dominado por candidatos do PSDB, que elegeu oito mandatários em 2010.
São tucanos os governadores Geraldo Alckmin (São Paulo), Beto Richa (Paraná), Marconi Perillo (Goiás) e Simão Jatene (Pará). Também são favoritos à reeleição o acriano Tião Viana (PT), o catarinense Raimundo Colombo (PSD), o sergipano Jackson Barreto (PMDB) e o fluminense Luiz Fernando Pezão (PMDB). O governador do Rio está numericamente à frente de Anthony Garotinho (PR), mais um ex-governador que tenta voltar ao cargo e mostra força eleitoral. Segundo a mais recente pesquisa Ibope no Estado, os dois estão tecnicamente empatados.
Candidatos de grupos oligárquicos lideram a disputa em dois Estados. Um deles é o alagoano Renan Filho (PMDB), herdeiro e correligionário do presidente do Senado, Renan Calheiros. Também é do PMDB o favorito no Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. No Pará, Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho, está tecnicamente empatado com o tucano Simão Jatene.
Dois partidos têm quatro dos nove candidatos "novatos" em disputas pelo governo estadual. Com Delcídio Amaral (Mato Grosso do Sul) e Fernando Pimentel (Minas Gerais), o PT é um deles. O outro é o PSB, com Rodrigo Rollemberg, no Distrito Federal, e Paulo Câmara, em Pernambuco. Único desse quarteto a nunca ter disputado uma eleição, Câmara está em empate técnico com o segundo colocado, Armando Monteiro (PTB). Os outros cinco partidos nesta lista têm um postulante cada na liderança, todos já com passagem pelo parlamento. Eles são PP (Ana Amélia, Rio Grande do Sul); PMDB (Eunício Oliveira, Ceará); PDT (Pedro Taques, Mato Grosso); PC do B (Flávio Dino, Maranhão); e PSDB (Expedito Júnior, Rondônia). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião