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"É a economia, idiota". A frase do estrategista da campanha vencedora de Bill Clinton à Presidência dos EUA, em 1992, James Carville, se tornou praticamente um mantra para as disputas eleitorais desde então. Apesar do triunfo americano na Guerra do Golfo, o então presidente George Bush não conseguiu superar a recessão econômica do país e perdeu nas urnas.

No Brasil, o cenário econômico conturbado tem sido um dos principais temas da corrida presidencial deste ano. A falta de habilidade da atual equipe em conseguir fazer o país crescer e controlar a inflação é uma das principais fraquezas do discurso de Dilma Rousseff e seus economistas.

Já Marina Silva e Aécio Neves adotam um tom cauteloso ao assumir compromissos imprescindíveis para a retomada do crescimento, mas que não são populares. Por isso, a economia vai ser o principal desafio do futuro presidente.

No entanto, os planos de governo não parecem ser a melhor forma de diferenciar o que cada um dos candidatos pode fazer no comando da economia. Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Bruno De Conti, os planos dos candidatos têm se repetido eleição após eleição, com pequenas alterações. "Geralmente não há muito detalhamento. Marina e Aécio, por exemplo, contam com programas muito parecidos para a política econômica. Só fica claro que a principal bandeira é uma atuação menos intervencionista do Estado", afirma.

Para tentar diferenciar cada um dos candidatos, a dica é observar os perfis de cada uma das equipes. "Daqueles que estão à frente das campanhas, muitos já passaram pelo governo, nesta gestão ou em alguma anterior. É possível ver o que foi feito e alinhar com os discursos", explica.

Veja o que pensam os economistas incumbidos de pensar estratégias para cada um dos três principais candidatos

Márcio Holland de Brito:Saída de Mantega não muda política econômica

Armínio Fraga:Ex-BC defende medidas impopulares para retomada

Eduardo Giannetti da Fonseca: Por um Banco Central à prova de pressões políticas

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