Conheça, em síntese, as propostas do Fórum Permanente de Desenvolvimento:
Educação
As preocupações enfocam principalmente as duas pontas do processo de formação: educação básica e capacitação profissional. Na educação básica pública, uma das prioridades é a implantação do ensino em tempo integral. Na outra ponta, há a necessidade de programas permanentes de capacitação profissionais. Entre as medidas que o Fórum sugere estão:
Diagnóstico da situação educacional paranaense a partir de critérios já padronizados por outros estados e países;
Investimentos na formação pessoal e profissional dos educadores.
Gestão Pública
Na visão do Fórum, deve existir um equilíbrio de desenvolvimento econômico e social da população em todas as regiões do estado. Por essa razão, o Fórum defende a profissionalização da administração pública e o efetivo controle social dos gestores públicos. Entre as medidas sugeridas estão:
Planejamento estratégico com participação da sociedade;
Transparência pública, gestão participativa e técnicas de controle social.
Infraestrutura
A falta de infraestrutura é um dos principais gargalos para o crescimento econômico do estado. O Fórum detalha no documento uma série de ações necessárias para aprimorar os diversos modais de transporte, além da necessidade de investimentos em dutovias, mobilidade urbana, telecomunicações rurais e no setor elétrico. São algumas delas:
Na área de portos, é necessário, por exemplo, realizar investimentos permanentes em dragagem nos acessos ao Porto de Paranaguá e na inovação de equipamentos e processos. Há também, entre outras coisas, a necessidade de construção de três píers no Porto de Paranaguá e de terminal para uso de transporte de passageiros.
Na área de ferrovias, estão na lista de obras de necessárias a construção da Ferrovia Oeste Leste (Maracaju-MS/Paranaguá-PR/Pontal do Paraná) e a construção da Ferrovia Norte Sul (Norte-Noroeste, Oeste e Sudoeste do Paraná/SC-RS).
A conclusão da ampliação do Aeroporto Afonso Pena, a construção de um aeroporto em Ponta Grossa e outro no Sudoeste do estado, além de melhorias nos aeroportos de Londrina, Cascavel e Maringá
O documento propõe também o desenvolvimento do setor energético e a melhoria em diversos trechos rodoviários no estado.
Inovação e empreendedorismo
O documento aponta a área de inovação e empreendedorismo como crucial para o desenvolvimento econômico sustentável do estado. Entre as ações propostas pelo Fórum estão:
No âmbito federal, a criação de políticas de incentivo para o desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica (Startups), bem como empresas enquadradas nas categorias da Economia Criativa. Sugere-se também incluir política dos fundos de pensão das empresas públicas, a possibilidade de capitalizar Fundos Sementes voltados para Empresas Inovadoras.
No âmbito estadual, garantir a regulamentação dos instrumentos adicionais da Lei de Inovação, o que inclui normatizar a concessão de incentivos fiscais da Lei de Inovação e a priorização, nas compras públicas, de produtos inovadores desenvolvidos por empresas nascentes de base tecnológica. Além disso, implementar atividades obrigatórias de empreendedorismo inovador e em todos os níveis de ensino, nas escolas da Rede Pública Estadual.
Veja o que aconteceu antes, durante e depois das sabatinas:
Sorte
Último a falar, Beto Richa já sabia de antemão tudo o que os adversários falaram e pôde responder a todas as críticas sem ter que ouvir a tréplica.
Espiadinha
Nenhum dos candidatos assistiu pessoalmente a apresentação de seus adversários. Ainda assim, Gleisi e Richa destacaram pessoas para acompanhar pelo menos parte das falas dos concorrentes. Requião foi embora com todo seu staff minutos depois de sua fala.
Diga-me com quem andas
Os três candidatos foram acompanhados de algumas figuras-chave para seu discurso. Requião trouxe consigo o ex-secretário da Fazenda do Paraná, Heron Arzua. Gleisi foi ao evento com o deputado federal Dr. Rosinha (PT) e Ricardo Gomyde (PCdoB), candidato ao Senado de sua chapa. Richa contou com vários secretários, incluindo Norberto Ortigara, de Agricultura.
Os três principais candidatos ao governo do Paraná receberam ontem um conjunto de propostas apresentadas pela sociedade civil do estado. Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) se comprometeram a analisar as sugestões levadas a eles pelos integrantes do Fórum Permanente de Desenvolvimento. Os três candidatos também aproveitaram o evento promovido para o fórum para apresentar seus planos de governo e criticar os adversários.
O documento entregue aos candidatos tenta analisar quais são os gargalos para o desenvolvimento do Paraná e prevê uma série de ações que poderiam trazer melhorias para o estado - leia o documento completo. As propostas giram em torno de quatro eixos: educação, gestão pública, infraestrutura e inovação e empreendedorismo. Cerca de 300 pessoas participaram do evento, realizado no ExpoUnimed, e puderam fazer perguntas para os candidatos.
Primeiro a falar, Roberto Requião afirmou que, caso seja eleito, pretende fazer um governo similar a seus anteriores. "Fui governador três vezes. Se viesse aqui dizer que tive ideias e não executei, seria ridículo", disse. O senador passou boa parte de sua palestra falando sobre assuntos econômicos e resgatando a história recente do capitalismo. Ele fez também críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT), que considerou excessivamente focada na democracia social e pouco focada no desenvolvimento. Segundo a assessoria do candidato, as propostas serão analisadas e poderão fazer parte do plano de governo do peemedebista, que ainda está em construção.
A segunda apresentação foi da petista Gleisi Hoffmann, que falou sobre investimentos do governo federal no Paraná. A candidata afirmou que, se eleita, fará uma espécie de "PAC Paraná" para melhorar a infraestrutura do estado, usando recursos próprios, federais e de operações de crédito. Ela propôs, também, zerar impostos estaduais para microempresas. Gleisi falou, ainda, em reduzir o número de comissionados do estado e criticou o aumento na tarifa de energia da Copel. A campanha da senadora disse que ela tem diálogo constante com o Fórum e que considera que a participação da sociedade é importante no debate.
Richa fez a última palestra do dia e disse que pretende manter as diretrizes do atual mandato. O tucano ressaltou ter recuperado a confiança dos investidores privados no Paraná e que, através do programa Paraná Competitivo, trouxe R$ 35 bilhões em investimentos para o estado. O governador disse ainda que pretende cortar três secretarias e enxugar a máquina do estado. A coordenação da campanha afirmou que as propostas ali apresentadas serão analisadas pela equipe que está preparando o plano de governo.
Richa, Requião e Gleisi trocam farpas
Ainda que não tenha acontecido um embate direto entre os concorrentes, o evento do Fórum Permanente de Desenvolvimento pode ser encarado como uma espécie de prévia dos próximos debates eleitorais. Foi o primeiro evento conjunto de campanha dos três postulantes ao Palácio Iguaçu, que aproveitaram para criticar os adversários.
Os dois candidatos de oposição fizeram críticas à atual gestão. Primeiro a falar, Requião se referiu, em diversos momentos, a uma suposta "crise de gestão" no governo do estado. "Não é falta de recursos, é falta de gestão. Não há comando no estado", disse. Ele aproveitou também para ironizar alguns episódios recentes envolvendo a situação financeira do Paraná. Questionado sobre a segurança, ele começou a resposta dizendo que "o fundamental é pôr gasolina na viatura".
Já Gleisi acusou Richa de não ter se empenhado para conseguir recursos em Brasília, ao contrário de outros governadores, que teriam viajado à capital federal e discutido seus projetos com o Planalto com muito mais frequência ela incluiu, entre os citados, três governadores tucanos. "O governo estava com um empréstimo travado e ele nem sequer tentou marcar uma audiência com o Ministro da Fazenda", disse.
Por ser o último a falar, Richa entrou no palco sabendo o que seus adversários tinham falado e respondeu em um tom bastante crítico. Ele acusou Requião de ser "prepotente, arrogante e sabichão" e que, por "achar que sabia de tudo", teria governado sem conversar com ninguém e deixado o estado em uma situação financeira delicada. Em recado para Gleisi, o tucano voltou a dizer que o Paraná sofre uma "perseguição política sem precedentes" por parte do governo federal. Acrescentou ainda que teve as portas fechadas em Brasília e que passou mais de um ano tentando uma audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT).
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