Em seu primeiro discurso após ser derrotado nas eleições ao Senado, Eduardo Suplicy afirmou ter encerrado a disputa com uma dívida de campanha de R$ 500 mil, e lamentou a falta de debate entre os candidatos à vaga.
Após 24 anos de mandato na Casa, a cadeira do petista será ocupada por José Serra (PSDB-SP). No último domingo, o tucano obteve 11,1 milhões de votos (58,49% do total válido), frente a 6,17 milhões de Suplicy. "Tenho a convicção de ter realizado uma campanha expondo os pontos positivos de minha atuação, de minhas proposições, (...) com um grau de receitas e despesas assim consideradas certamente das mais modestas em relação a de meus principais adversários", afirmou na tarde desta terça-feira (7) da tribuna do Senado.
Segundo Suplicy, sua campanha teve uma despesa total de R$ 3 milhões, e arrecadou até o momento R$ 2,5 milhões. O petista também lamentou a ausência em debates dos concorrentes ao Senado. "Acho que teriam contribuído significativamente para o melhor esclarecimento da opinião pública. (...) Eu senti muita falta disso."
Numa fala de cerca de 40 minutos, Suplicy destacou sua ação no Senado, afirmou ter convicção de ter "cumprido com o meu dever", e prometeu continuar a "batalha" por um "Brasil justo e civilizado". "Às vezes nas nossas caminhadas encontramos pedras, mas isso não significa que vamos interromper nossas caminhadas."
O discurso foi acompanhado no plenário pela namorada do petista, Mônica Dallari.
Colegas de partido aproveitaram o discurso parra elogiar a atuação de Suplicy na Casa."Temos no senhor uma referência de conduta e de ética", disse o senador Paulo Paim (PT-RS), que se emocionou ao elogiar o petista. "O Senado perde um grande senador a partir do ano que vem, porque a ausência de vossa excelência será sentida nesta casa", disse Tião Viana (PT-AC).
Aos 73 anos, ele afirmou recentemente ter recebido convite para dar aula na USP Leste e brincou que poderia integrar turnê dos filhos, músicos, nos Estados Unidos.
- Dilma faz giro no NE para ampliar vantagem sobre Aécio
- Executiva do PPS formaliza apoio a Aécio no segundo turno
- Governo aguarda confirmação dos resultados eleitorais para voltar a veicular notícias institucionais
- Clube Militar apóia Aécio e acusa PT de 'sovietização'
- Pimentel não faz prognósticos, mas alfineta tucanos
- Não há acusação de corrupção contra Dilma, diz Falcão
- De olho em Minas, Aécio diz que governará com Pimentel se for eleito
- Aécio reúne aliados no DF em ato para inaugurar campanha do 2º turno
- Em nota, Marina diz que definirá posição sobre 2º turno na quinta-feira
- Marina: opiniões das siglas não refletem minha opinião