Um dia após ter sido reeleita, a presidente Dilma Rousseff passou esta segunda-feira (27) no Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília. Apesar do cansaço, Dilma fez reuniões para discutir mudanças ministeriais e recebeu os cumprimentos de presidentes e chefes de Estado.
No início da tarde, ela se reuniu por cerca de uma hora com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ainda durante a campanha eleitoral para o primeiro turno, Dilma sinalizou a saída do ministro como um aceno de reaproximação com o setor empresarial. Dias depois, ela afirmou que a saída foi um pedido do próprio Mantega.
Por isso, uma das primeiras medidas aguardadas pelo mercado é o anúncio de quem substituirá Mantega no segundo mandato. Um dos cotados para assumir a vaga é o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, conforme informou a coluna Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. Ele se aposenta no ano que vem, aos 65 anos, e teria a capacidade de acalmar o mercado financeiro.
No fim da tarde, Dilma recebeu o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Ele compareceu acompanhado da mulher, Fátima Mendonça, e de seu substituto, o governador eleito Rui Costa (PT), que também foi acompanhado por sua mulher, Aline Pessoto.
De acordo com a assessoria de imprensa do governador, Wagner veio à Brasília apenas para cumprimentar Dilma pela reeleição.O baiano foi integrado à campanha petista no segundo turno e é cotado para assumir o ministério no Palácio do Planalto. Ele pode assumir a pasta das Relações Institucionais no segundo governo Dilma.
Pela manhã, Dilma esteve com o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. De tarde, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também esteve no Alvorada por cerca de meia hora.
A noite, a petista dará duas entrevistas ao vivo. A primeira ocorre durante o "Jornal da Record", na rede de TV homônima, a partir das 20h. A segunda, a partir das 20h30 no "Jornal Nacional" da Rede Globo.
Dilma também pretende conversar nesta semana com jornalistas de grandes jornais. O objetivo da presidente, entre outros ligados aos planos de governo para o segundo mandato, é o de mandar uma mensagem conciliatória à mídia após a ofensiva contra a Editora Abril nos últimos dias de campanha.
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