Os 38 vereadores eleitos para assumir uma vaga na Câmara de Curitiba a partir de 2017 não foram, necessariamente, os mais votados da cidade. Trinta e cinco postulantes que não foram eleitos receberam mais votos nominais que candidatos que conseguiram a vaga. Isso acontece em decorrência do funcionamento do sistema proporcional, em que além dos votos nominais os candidatos dependem que seu partido ou coligação alcance o quociente eleitoral para ter direito a uma cadeira no Legislativo.
Confira a lista de “bem votados” que ficaram de fora da Câmara
O candidato não eleito que recebeu a maior votação foi o veterinário Fernando Ibanez (PHS). Com 5.572 votos nominais, ele foi 26º candidato mais votado. Entretanto, o Partido Humanista da Solidariedade obteve apenas 15.384 votos, valor menor que o quociente eleitoral, fixado em 23.180.
Saiba como o seu voto levou na carona outros vereadores em Curitiba
Leia a matéria completaPor outro lado, o candidato eleito com o menor número de votos foi Ezequias Barros (PRP), escolhido por 3.006 eleitores. Apesar da baixa votação nominal, o Partido Republicano Progressista conseguiu 28.890 votos e assim rompeu o quociente eleitoral e conquistou uma cadeira na Câmara Municipal.
Entenda o quociente eleitoral
Nas eleições proporcionais, quando são escolhidos vereadores e deputados, é o partido ou a coligação que recebe as vagas, e não diretamente o candidato. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesse tipo de pleito, o eleitor, ao votar, escolhe ser representado por determinado partido e, preferencialmente, pelo candidato por ele escolhido.
Definido o número de cadeiras a ser ocupada por cada legenda, define-se então quais os candidatos que assumirão as vagas, respeitando o critério do número de votos.
Em 2016, para garantir uma cadeira na Câmara de Curitiba, partidos e coligações precisaram de 23.180 votos. Este número é o quociente eleitoral, resultado da divisão entre a quantidade de votos válidos e o número de cadeiras existentes no Legislativo Municipal.