Desde o começo da corrida eleitoral para prefeitura de Curitiba no dia 16 de agosto, o candidato e atual prefeito Gustavo Fruet (PDT) tem tentado escancarar as contradições de seu opositor Rafael Greca (PMN) e o apoio do governador Beto Richa (PSDB).
Leia mais notícias sobre a eleição municipal
O tema principal da crítica feita ao apoio do tucano ao ex-prefeito tem sido o dia 29 de abril, onde mais de 200 pessoas ficaram feridas após confronto com a Polícia Militar na Batalha do Centro Cívico. Mas há também outros motivos que levam o pedetista a tentar grudar o apoio do governador em seu oponente.
Confira os quatro motivos principais:
1 - Rejeição de Richa
A rejeição do governador Beto Richa é consideravelmente grande. De acordo com a última pesquisa Ibope/RPC*, divulgada na última segunda-feira (19), 49% dos curitibanos consideram péssima ou ruim a administração do tucano. A pesquisa indicou que apenas 18% consideram a gestão Richa boa ou ótima.
Na reta final, adversários usam desaprovação de Richa para desbancar Greca
Leia a matéria completa2 - Outro pacotaço impopular
Medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo estadual foram aprovadas pelos deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovaram nesta segunda-feira. Um dos projetos institui o Conselho de Controle das empresas estaduais e prevê a venda de ações e terrenos da Copel e da Sanepar. Em dezembro de 2014, o governo já havia aprovado um chamado tarifaço que aumentou IPVA e o ICMS de vários produtos.
3 - Batalha do Centro Cívico
Mais de 200 pessoas ficaram feridas após a Polícia Militar afastar manifestantes com uso da força, que tentavam entrar na Assembleia Legislativa para barrar a votação da proposta do executivo estadual sobre reforma da Paranaprevidência. O governo Richa acabou acusado de ser o principal responsável por não conseguir manter o diálogo aberto com os manifestantes nem conter a força usada pela PM.
4 - Corrupção durante gestão Richa
Grandes casos de corrupção foram descobertos durante o governo Richa, como as operações Publicano e Quadro Negro, deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil. A primeira mostrou um suposto esquema bilionário montado por auditores na Receita Estadual de recebimento de propina de empresários para evitar autuações. Já a Quadro Negro descobriu um suposto esquema de fraude em medição em obras de reforma e construção de escolas estaduais. Uma construtora recebia os recursos mesmo sem ter concluído as execuções necessárias.
Ficha técnica da pesquisa
*A pesquisa foi contratada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A e foi realizada entre os dias 15 e 18 de setembro com 805 eleitores. A margem de erro da pesquisa estimulada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo Nº PR-01610/2016.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião