O penúltimo debate do segundo turno da corrida para prefeitura de Curitiba foi mais uma vez repleto de ataques entre os candidatos Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD). O embate, que foi promovido pela rádio Jovem Pan, na tarde desta quinta-feira (27), durou uma hora. Na sexta-feira (28) acontecerá o último debate da campanha na RPC, marcado para 22h.
O primeiro bloco começou com uma pergunta sobre esporte, mas a artilharia de acusações entre os dois concorrentes apareceu rapidamente. Sobrou até para o presidente da União Paranaense dos Estudantes (Upes), Matheus dos Santos. Greca mencionou o nome dele como um apoiador da campanha de Leprevost, durante críticas as ocupações das escolas no Paraná. “Lamento muito que Matheus dos Santos, do PCdoB, funcionário da sua campanha seja um dos organizadores das ocupações”, afirmou Greca.
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Leprevost admitiu que o jovem trabalhou como funcionário contratado no primeiro turno, mas ressaltou que não viu problema nisso. “Nas poucas vezes que conversei com ele, me pareceu ser um bom menino, não vejo o porquê dessa demonização dele. Não cometeu nenhuma atitude criminosa”, rebateu. Os dois afirmaram ser contra as ocupações.
Durante a réplica, o deputado aproveitou para disparar que Greca teria exterminado cães quando prefeito, que seria contra o empoderamento das mulheres e relembrou o momento que o ex-prefeito afirmou que havia vomitado com cheiro de pobre. O candidato do PMN rechaçou as acusações e lembrou que tem profundo amor pelos pobres.
Tarifa do ônibus
Em seguida, um dos temas mais mencionados pelo debate entrou na mesa: a tarifa do transporte coletivo em Curitiba. Leprevost voltou a afirmar que baixará a tarifa entre R$ 0,10 e 0,15 nos primeiros noventa dias de gestão. Hoje ela custa R$ 3,70. Insistiu no tema tentando forçar seu oponente a se comprometer com a questão.
Greca ponderou a proposta e lembrou os contratos com as empresas de transporte coletivo, da inflação e da necessidade de não “brincar com a esperança do povo”.
“Ninguém vai aumentar a tarifa. Se eu tiver o conhecimento que é possível reduzir, por que não? O que não dá é para brincar com as esperanças do povo. Temos um contrato, temos um quadro inflacionário no país. Um horizonte é talvez tirar o peso do óleo diesel da passagem, usar energia solar”, destacou.
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Após Greca mencionar que reportagem da Gazeta do Povo havia, na opinião dele, mostrado que a proposta de cortar a taxa de administração da Urbs para baixar a tarifa do ônibus seria inviável, Leprevost trouxe novamente à tona o desaparecimento de objetos da Casa Klemtz. No primeiro turno, a prefeitura abriu uma sindicância, anulada pela Justiça, para apurar os objetos que sumiram do local. A suspeita levantada na época era de que eles estariam na chácara de Greca em Piraquara. O ex-prefeito pediu direito de resposta, que foi concedido.
“Neste momento a senhora Marli Klemtz está dando um depoimento que a casa de seus avós nunca teve aquela fonte mostrada pelo jornal Folha de S.Paulo. Hoje também mandei comprar aquela fonte no mercado livre. Vou por a fonte e a nota fiscal na internet”, disse.
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