Na disputa por apoios no segundo turno da corrida à prefeitura de Curitiba, os candidatos por enquanto estão numericamente igualados. Cinco partidos que estavam coligados com algum candidato derrotado na primeira etapa da disputa declararam oficialmente apoio a Rafael Greca (PMN), enquanto outros cinco passaram a apoiar Ney Leprevost (PSD).
Dos candidatos derrotados, apenas a deputada Maria Victória (PP) e Ademar Pereira (Pros) declararam apoio pessoalmente. Victória, o pai e ministro da Saúde, Ricardo Barros, e a mãe, a vice-governadora Cida Borghetti, junto com o PP, vão apoiar Greca no segundo turno. Já Ademar Pereira e o Pros escolheram Leprevost.
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A candidata do PP fez 52,5 mil votos – número que pode somar ao eleitorado de Greca, que obteve 356,5 mil votos. Ademar Pereira pode transferir 11,4 mil votos para Leprevost, que conseguiu conquistar 219,7 mil eleitores no segundo turno.
A coligação de Maria Victória vai quase toda apoiar Greca, com exceção do PMB, que declarou nesta quinta-feira (13) apoio a Leprevost. O PR, que estava na coligação da deputada, ainda não anunciou sua posição. Já PP, PHS e PRTB já afirmaram apoiar a eleição de Greca.
O atual prefeito Gustavo Fruet (PDT) conquistou o apoio de 186 mil eleitores. A chapa que concorreu com ele é a mais dividida até agora. O PV e PPS decidiram apoiar a candidatura de Leprevost, enquanto o PTB e o PRB escolheram Greca. O PDT e o próprio prefeito não vão apoiar ninguém na segunda etapa do pleito.
Os candidatos Tadeu Veneri (PT), que obteve 39,7 mil votos, e Xênia Melo (PSol), que conseguiu 10,6 mil votos, não vão apoiar nenhum candidato, assim como os partidos a que são filiados. O candidato Requião Filho (PMDB) e seu partido vão ficar neutros na disputa. O deputado conseguiu 50 mil votos nas urnas. Já a Rede, que fazia parte da coligação de Requião, declarou apoio a Leprevost.
Tropeço
Greca chegou a ter chances de levar a disputa já no primeiro turno, como mostrou a segunda pesquisa Ibope**, em que o candidato do PMN estava com 52% dos votos válidos na capital e apenas 12% de rejeição. Dias depois da divulgação, porém, um tropeço pode ter custado a liderança absoluta do candidato. Greca disse em uma sabatina da PUC que vomitou ao transportar um pobre pela primeira vez e viu sua rejeição subir de 12% para 25% e as intenções de votos caírem de 52% para 35% no último levantamento*. Nas urnas, Greca ficou com 38,3% dos votos e Leprevost com 23,6%.
No dia seguinte a eleição, o governador Beto Richa (PSDB), que apoia a candidatura de Greca, admitiu que o episódio na PUC pode ter custado ao candidato do PMN a eleição já no primeiro turno.
*A pesquisa foi contratada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A e foi realizada entre os dias 28 de setembro e 1.º de outubro com 1.001 eleitores. A margem de erro da pesquisa estimulada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo Nº PR-05284/2016.
** A pesquisa foi contratada pela Sociedade Rádio Emissora Paranaense S.A e foi realizada entre os dias 15 e 18 de setembro com 805 eleitores. A margem de erro da pesquisa estimulada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o protocolo Nº PR-01610/2016.
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