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Cada quilômetro asfaltado (na forma mais barata) custa R$ 1 milhão aos cofres públicos. | Antônio More/Gazeta do Povo
Cada quilômetro asfaltado (na forma mais barata) custa R$ 1 milhão aos cofres públicos.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Quem quer que ganhe a disputa pela prefeitura de Curitiba, terá de virar uma espécie de super-herói do asfalto para cumprir a promessa de pavimentação feita durante a campanha. O candidato Rafael Greca (PMN), promete fazer 400 quilômetros ao longo do mandato. Ney Leprevost fala em 800 km. São números bem mais ambiciosos do que as últimas gestões já conseguiram.

A dificuldade em realizar as obras está no custo. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a pavimentação alternativa tem custo de R$ 1 milhão/km. O asfalto definitivo usado nas vias de trânsito pesado, com maior durabilidade, e que englobam também construção do meio-fio, galerias pluviais, sinalização e paisagismo, custa R$ 4 milhões/km.

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Os dados disponíveis mostram que Cassio Taniguchi, em sua segunda gestão (2001-2004) implantou 117,2 km de asfalto. Na primeira gestão de Beto Richa (2005-2008), foram 103,5 km. A gestão iniciada por Richa e finalizada por Luciano Ducci (2009-2012) foi a “campeã”: 324,5 km. Não foram consideradas obras de recapeamento, apenas implantações.

Em diferentes gestões, os prefeitos anunciaram que estavam implantando asfalto, mas os dados oficiais mostram que muitos números estavam inflados.

Leprevost, quando questionado na sabatina da Gazeta do Povo sobre a viabilidade de cumprir os 800 km de pavimentação, disse que isso não é promessa, mas meta.

Pelo alto custo, a pavimentação alternativa é bastante utilizada, mas exige manutenção constante. Segundo a prefeitura municipal, anualmente as operações tapa-buraco cobrem cerca de 4 mil quilômetros – equivalente à distância entre Curitiba e Manaus.

Usina

Greca também propõe a reabertura de uma usina de massa asfáltica, como forma de baratear a manutenção das ruas. Mais uma vez, há entraves econômicos. Segundo a Secretaria de Obras, a unidade da Região Sul foi desativada por questões orçamentárias.

“Os recursos disponíveis para a compra de insumos permitem adquirir um volume que é integralmente absorvido pela outra usina de asfalto, localizada na região Norte da cidade. Assim, manter a usina Sul em funcionamento representaria uma elevação desnecessária nos custos operacionais”, informou o órgão.

Atualmente, a produção da Usina Norte é usada no revestimento asfáltico das obras de fresagem (vias com revestimento em asfalto) ou de reciclagem (vias em antipó) executadas pela prefeitura. Para a implantação de asfalto novo e restauração de pavimento, a empresa contratada por licitação é que fornece o asfalto.

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