O candidato pelo PSD à prefeitura de Curitiba, Ney Leprevost, criticou a postura de Rafael Greca (PMN), seu adversário na disputa, que usou seu tempo de propaganda da TV para fazer uma série de acusações contra ele neste fim de semana. Na propaganda eleitoral gratuita exibida na noite deste sábado (22), Greca, que por dois dias fez suspense para revelar “verdades surpreendentes” sobre seu oponente, partiu para cima e acusou Leprevost de maquiar informações e de estar envolvido em esquemas supostamente obscuros.
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“Sem nenhuma preocupação em discutir propostas para Curitiba, o candidato Rafael Greca transformou a eleição na capital paranaense em uma das de maior baixo nível da história”, diz a nota divulgada no início da noite deste domingo (23).
O texto aborda a maioria dos itens trazidos à tona no sábado por Greca – exceto a que relaciona o nome de um irmão de Leprevost, apontado por envolvimento em um contrato que foi declarado irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU). À época, o TCU apurou irregularidades em convênios do Ministério do Turismo com uma ONG paranaense contratada para promover eventos e festas em Curitiba e no interior – o Instituto de Desenvolvimento da Organização Nacional de Excelência Administrativa (Iabras). Esta ONG, conforme acusou a propaganda, tinha ligação com uma empresa do irmão de Leprevost, que, junto com o Iabras, foi condenada a devolver aos cofres públicos R$ 1,75 milhão em 2014.
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Leia a matéria completaProcurada, a assessoria de imprensa da campanha disse que essa e todas as demais denúncias feitas por Greca serão esclarecidas durante uma coletiva marcada para esta segunda-feira (24), em Curitiba.
Porém, o texto se defende, por exemplo, da acusação que afirma que Leprevost, e também familiares dele, têm os nomes atrelados a negócios com um terreno público que havia sido doado a uma organização não-governamental. A campanha deu a entender que um irmão de Leprevost seria beneficiado.
“É mentira que o terreno citado na propaganda de Rafael Greca tenha trazido algum benefício à família de Ney Leprevost. O documento que ilustra o caso foi assinado pelo governador Beto Richa e Ney nunca votou sobre o caso”, destacou a nota.
“Informações maquiadas”
A campanha de Greca questionou ainda outros pontos, como a suposta falta de Leprevost, como deputado estadual, na sessão que votou o projeto conhecido como “Rombo da Previdência”.
“Ele estava presente e votou contra, exatamente às 18h06m45s, conforme imagem reproduzida do painel eletrônico da Alep [Assembleia]”, contesta a campanha do candidato pelo PSD.
Dentre outras questões apontadas como “mentira” pela coligação de Leprevost estão também a autoria de uma lei estadual e a formação universitária dele. A campanha de Greca questiona a autoria da lei da Ficha Limpa no Paraná e diz que Leprevost apenas assinou o projeto de lei formatado por Stephanes Junior (PSB), o que é negado pelo candidato.
Greca questiona a trajetória universitária de Leprevost, que se graduou em Administração pela Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) na modalidade de ensino a distância. A instituição foi fechada pelo Ministério da Educação após ter nota 2,49 na avaliação do MEC, numa escala de zero a 100.
“É mentira quando Rafael Greca diz que Ney optou por estudar longe de Curitiba. Leprevost começou seus estudos na escola estadual Nice Braga, depois Colégio Bom Jesus, Colégio Marista Paranaense e Faculdade de Direito de Curitiba, todos em Curitiba. Depois, formou-se em administração pela Unitins e recebeu homenagens ao longo de sua vida pública das mais diversas e respeitadas entidades do Paraná e Brasil”, informa o texto.
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