Rafael Greca (PMN) venceu a disputa contra Ney Leprevost (PSD) em nove das dez zonas eleitorais de Curitiba – essa é uma divisão estabelecida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). No primeiro turno, Greca havia liderado em todas as zonas e com ampla vantagem em relação a Leprevost. Enquanto Greca obteve resultados expressivos nas regiões Central e Norte da cidade, o Sul foi a pedra no sapato neste segundo turno.
Infográfico: veja o desempenho de cada candidato nas dez zonas eleitorais de Curitiba
O único ‘tropeço’ foi na 175ª zona eleitoral, que compreende parte da região Sul da capital (Campo de Santana, Capão Raso, Caximba, Cidade Industrial de Curitiba, São Miguel, Tatuquara): Leprevost somou 51,61% contra 48,39% de Greca. Na 145ª zona, que reúne Pinheirinho, Xaxim, Umbará e Sítio Cercado, o novo prefeito obteve a vitória mais apertada, com 50,76%. Curiosamente, os melhores resultados do primeiro turno foram obtidos nessas duas zonas eleitorais e na 174ª (Alto Boqueirão, Boqueirão, Ganchinho, Guabirotuba, Hauer) .
De braçada
A maior vantagem de Greca foi construída na 1ª, 2ª, 177ª e 178ª zonas eleitorais, que correspondem ao Centro e Norte de Curitiba. No primeiro turno, Greca também havia vencido nessas regiões, mas não com resultado tão expressivo. Na 1ª zona eleitoral (Abranches, Ahú, Alto da Glória, Barreirinha, Boa Vista, Bom Retiro, Cachoeira, Centro Cívico, Pilarzinho, São Francisco , São Lourenço, Taboão , Vista Alegre), Greca obteve 58,17% dos votos.
Os eleitores dos bairros que compõem a 177ª zona (Água Verde, Batel, Bigorrilho, Campina do Siqueira, Mossunguê, Orleans, Rebouças, Santo Inácio, São Braz, Seminário) deram a segunda maior vitória de Greca: 57,39%. O novo prefeito também obteve 56,71% dos votos da 2ª zona eleitoral (Alto da Rua XV, Atuba, Bacacheri, Bairro Alto, Cabral, Hugo Lange, Jardim Social, Juvevê, Santa Cândida, Tingui) e 55,37% na 178ª zona (Botiatuvinha, Cascatinha, Centro, Lamenha Pequena, Mercês, Santa Felicidade, São João).
Na avaliação do cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bruno Bolognesi, a vitória de Greca em quase todas as zonas eleitorais representa uma aplicação mais eficiente dos recursos disponíveis para a campanha e, principalmente, significa que o apoio do governo estadual, sob o comando do governador Beto Richa e da primeira-dama Fernanda Richa, deu certo.
“Em uma eleição tão acirrada, onde as propostas, as ideias e com ideologias parecidas, a força da máquina, com cabos eleitorais, redes de apoio, decide”, afirmou o analisa. Segundo Bolgnesi, a presença de Fernanda Richa na periferia mostrou mais força que a do secretário de Desenvolvimento Urbano Ratinho Jr.. Leprevost venceu em parte da região Sul da capital, onde seu padrinho político tem muita força. Mesmo assim, não foi capaz de reverter o quadro eleitoral. “Ratinho trabalha com muita rede de informação. E por mais que tenha dinheiro para carreatas e panfletos, quando há o apoio do governo, é o cabo eleitoral que faz a diferença”, analisou.
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