O prefeito eleito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), disse neste domingo (30) que colocar as ações “acima dos partidos ou de grupos” e disse que o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, precisa dar “uma luz” do que vai fazer na administração. Esta é a primeira vez que a capital do Rio Grande do Sul elege um tucano para comandar o executivo. Marchezan obteve 60,5% dos votos, contra 39,5% de Sebastião Melo (PMDB). No primeiro turno, o tucano teve 29,84% dos votos válidos e Melo, 25,93%.
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Eleito com um discurso contra o inchaço da máquina pública, Marchezan disse que não tem “um número cabalístico” sobre quantas secretarias terá. “Não esperem de mim mais do mesmo. A prefeitura com dificuldades extremas. Não estou vindo aqui para frustar as pessoas ou a representatividade que tenho. O compromisso é comigo mesmo. Não vou decepcionar os porto-alegrenses. Colocar as pessoas acima dos partidos, dos projetos pessoais, de sindicatos, associações, ou grupos de pressão é fazer diferente”.
O tucano prometeu não aumentar impostos. “Nem pensar. Não tem chance de aumentar imposto”, disse Marchezan. Na segurança, ele disse que o objetivo é tornar “Porto Alegre ruim para o criminoso’. “Esse problema da Segurança é gigante”, disse o tucano.
Depois de uma campanha tensa, Marchezan disse que foi atacado com “algumas inverdades”, mas terá uma relação institucional com todos os partidos, inclusive o PMDB. “Algumas inverdades foram usadas. Esse é um problema pessoal nosso. Porto Alegre está acima. Vou conversar institucionalmente com todos os partidos, instituições para ajudarem Porto Alegre”, disse Marchezan.
Ele disse que terá uma “relação institucional” com todos os governantes, como o prefeito José Fortunati e o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori.
Marchezan não disse quantas secretarias terá ou quantos cargos em comissão cortará, apesar de ter sido eleito com discurso contra o inchaço da máquina. “Não temos um número cabalístico. Fazer fazer de forma mais econômica e democrática. É o não-favor [na administração pública]. Não fizemos composição de troca, de oferta. Mas os servidores vão ter que entender isso, vão ter que apresentar resultados”, disse ele.
Ele destacou a situação financeira de Porto Alegre e cobrou ações de Sartori. “O governador precisa dar uma luz (do que vai fazer). O governador Sartori é o governador do Rio Grande do Sul. Com quem ocupa qualquer cargo público teremos uma ação institucional”, disse Marchezan.
Ele citou Melo e a vice na chapa derrotada, Juliana Brizola (PDT), numa saudação especial. “Queria fazer uma saudação ao Melo e a Juliana, àqueles que participaram dos 12 anos da prefeitura e que participaram desse processo democrático, que é a eleição”.
Marchezan disse que se manterá deputado federal até o final do ano. E prometeu que quer fazer o serviço de táxi o melhor do Brasil.
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