Nove deputados federais e estaduais do Paraná disputam as eleições municipais este ano e há quem tenha motivos extras para torcer fervorosamente para que sejam eleitos. São os suplentes, que aguardam a oportunidade de assumirem as vagas que seriam abertas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal pelos parlamentares que saírem vencedores das urnas.
O “banco de reservas” tem ao menos oito nomes, que não necessariamente pertencem aos mesmos partidos dos titulares. Pela legislação eleitoral, a suplência cabe ao partido ou à coligação que elegeu a bancada, em 2014, bem como a votação
LISTA: Veja quem assume caso o titular do cargo seja eleito
Assim, para apontar que são os suplentes da vez, o Livre.jor cruzou os partidos dos candidatos com a lista de suplentes dos deputados federais e estaduais da eleição de 2014 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para efeitos de substituição, usaram-se os partidos e as coligações dos deputados à época do pleito.
Quatro dos setes deputados estaduais que são candidatos aspiram a cadeira de prefeito de Curitiba: Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (PSD), Requião Filho (PMDB) e Tadeu Veneri (PT). Os outros três são Chico Brasileiro (PSD), que disputa a prefeitura de Foz do Iguaçu, e Márcio Pacheco (PPL) e Paranhos (PSC), que duelam pela administração de Cascavel.
Já os deputados federais Aliel Machado (Rede) e Marcelo Belinati (PP) disputam as prefeituras de Ponta Grossa e Londrina, respectivamente.
Filho de ex-vice-governadora e delegado que foi preso herdariam vagas
Se Maria Victoria for eleita, sua vaga ficaria com Antônio Carlos Salles Belinati (PP). O filho do polêmico ex-prefeito de Londrina Antônio Belinati e da ex-vice-governadora (com Jaime Lerner, sem partido) Emília Belinati atualmente é diretor comercial na Sanepar.
Nenhum eleitor pode ser preso a partir desta terça-feira
Leia a matéria completaNão seria a primeira vez que ele assumiria uma vaga na Assembleia. Em 2013, Belinati ficou com a cadeira deixada vaga por Ormar Bertoldi (DEM), que havia assumido a recém-criada e hoje extinta Secretaria Extraordinária de Política Habitacional de Curitiba, na gestão de Beto Richa (PSDB). Nas eleições de 2014, Antônio Carlos Belinati teve 28.542 votos. Maria Victoria foi eleita deputada com 44.870 votos.
Ney Leprevost, caso vença as eleições, abriria uma vaga para o delegado de polícia Rubens Recalcatti (PSD). Denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP) por um homicídio ocorrido em abril de 2015, em Rio Branco do Sul (região metropolitana de Curitiba), Recalcatti chegou a ser preso no início do ano.
Nas eleições de 2014, o policial recebeu 40.358 votos – Leprevost foi eleito com 71.470 votos. Dos suplentes, Recalcatti é o único que tem duas chances de virar deputado. Ele também pode herdar a vaga de Chico Brasileiro, atualmente em campanha para a prefeitura de Foz, eleito deputado com 50.930 votos.
O suplente de Requião Filho é o ex-deputado peemedebista Cleiton Kielse, filho do ex-deputado estadual e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Quielse Crisóstomo da Silva. Kielse, que é servidor do Tribunal de Contas, também está em campanha – ele busca a prefeitura de Ortigueira. Em 2014, recebeu 38.318 votos para deputado estadual. Requião Filho foi eleito com 50.167.
Caso Tadeu Veneri (PT) seja eleito, deixaria sua vaga na Assembleia ao ex-petista Alisson Wandscheer. Filho do deputado federal Toninho Wandscheer (Pros), Alisson é presidente estadual do Partido da Mulher Brasileira (PMB). Teve 34.945 votos em 2014; Veneri foi eleito com 42.206.
Radialista suspeito de homicídio também está na fila
Se Márcio Pacheco for eleito prefeito de Cascavel, quem assume sua vaga é o ex-deputado estadual Roberto Aciolli (PV). Pai do vereador curitibano Cristiano Santos (PV) e apresentador de programas policiais na televisão, Aciolli responde, desde 2008, a acusação do Ministério Público do Paraná por homicídio qualificado por motivo torpe (banal). Em 2014, recebeu 23.173 votos; Pacheco foi eleito com 24.855.
Adversário de Pacheco, o deputado Paranhos tem na torcida Toninho da Farmácia, que é candidato à prefeitura de São José dos Pinhais pelo PSC. Em 2014, ele teve 22.929 votos para deputado. Paranhos foi eleito com 69.684.
Em Brasília, suplente preso por agressão não deve assumir vaga
Aliel Machado, caso eleito prefeito de Ponta Grossa, abriria uma vaga em Brasília para o ex-deputado federal Angelo Vanhoni (PT), que também está em busca de uma vaga de vereador em Curitiba – e era secretário municipal em Piraquara, na região metropolitana.
Notório por ter votado contra a abertura do impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal, Machado foi eleito com 82.886 votos pelo PC do B, que disputou as eleições de 2014 coligado com o PT. Vanhoni teve 65.705 votos.
Marcelo Belinati, caso eleito em Londrina, deixaria a vaga na Câmara para Sérgio de Oliveira (PSD). Ele chegou a assumir a cadeira por dois meses, por conta da licença do deputado Edmar Arruda (PSD). Oliveira é o quinto na linha de suplentes da coligação, com 58.924 votos – Belinati foi eleito com 137.817.
Antes dele, na lista, aparecem Osmar Bertoldi (DEM), que está preso pela acusação de agredir a ex-noiva, o que o impede de assumir a vaga, Reinhold Stephanes (PSD), licenciado para ser secretário estadual de Administração, Nelson Padovani (PSC), que já assumiu a vaga aberta por Valdir Rossoni (PSDB), atualmente na Casa Civil, e Paulo Martins (PSDB), que herdou a cadeira do ministro da Saúde Ricardo Barros (PP).
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