Durante sabatina realizada por alunos do curso de direito da Unicuritiba nesta segunda-feira (12), o candidato a prefeito de Curitiba Requião Filho (PMDB) voltou a atacar os principais adversários - o atual prefeito Gustavo Fruet (PDT) e Rafael Greca (PMN) - e usar o nome do pai, o senador Roberto Requião (PMDB), para tentar conquistar a confiança dos eleitores. Uma das perguntas feitas pela plateia foi a influência que o senador terá no mandato do filho, caso Requião Filho seja eleito. “Pretendo manter a mesma linha de trabalho, não fazer como dois filhos de político que estão por aí, que devem envergonhar o nome dos pais que se foram”, disse o candidato.
Saiba tudo sobre o candidato Requião Filho
Acusações e comparações de gestões marcam debate entre Fruet e Greca
Leia a matéria completaA indireta foi para o atual prefeito Gustavo Fruet, cujo pai - Maurício Fruet - já ocupou o comando na prefeitura, entre 1983 e 1985. A indireta também se aplica ao governador Beto Richa (PSDB), filho do ex-governador José Richa, e que apoia o candidato Rafael Greca nestas eleições. “Eu sou político graças a ele, me elegi graças a seu nome e reconheço isso. Mas meu pai é meu pai, não é meu chefe”, disse Requião Filho.
Com perguntas pouco desafiadoras, Requião Filho aproveitou o evento para atacar os adversários. Ao defender uma revisão no método de remuneração das empresas que operam o transporte coletivo, o candidato disse que Fruet “não teve peito” para trocar a diretoria da Urbs, responsável pela licitação do transporte na capital. Requião defende o pagamento por quilômetro rodado, não através da tarifa técnica. O candidato também disse que Fruet foi “extremamente cortês” em sua relação com o governo do estado. “Inclusive foi pedir o apoio do Beto Richa antes dele negociar o tempo de televisão com o Rafael Greca. E essa cortesia levou ao fim da integração do transporte metropolitano, levou a falta de polícia no nosso município, levou ao aumento de taxas”, criticou o candidato.
Eduardo Cunha
Requião Filho também comentou o processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cuja votação está prevista para essa segunda na Câmara dos Deputados. “Eu voto pelo fora Cunha, mas não voto lá, não estarei lá para votar”, lamentou o candidato, que é deputado estadual pelo mesmo partido de Cunha.
“O PMDB nacional é uma desgraça, não é um partido”, disse Requião. “O meu partido é um horror. Nacionalmente, a cúpula do meu partido corre o risco de fazer a próxima reunião na cadeia, está todo mundo indiciado”, completou o candidato, dizendo que no diretório estadual do PMDB a situação é diferente. “Eu gosto de acreditar que a gente ainda tem aquele romance de acreditar no estatuto do meu partido, de acreditar numa carta chamada Mudança e Esperança, uma carta escrita lá atrás pelo PMDB que acreditava nas Diretas Já”, disse o candidato.
Regulamentação no STF pode redefinir regras da Internet e acirrar debate sobre liberdade
Áudios vazados: militares reclamam que Bolsonaro não assinou “golpe”; acompanhe o Entrelinhas
Professor, pupilo de Mujica e fã de Che Guevara: quem é Yamandú Orsi, presidente eleito do Uruguai
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes