O presidente da República, Michel Temer, para evitar o encontro com manifestantes, votou assim que sua seção eleitoral iniciou as atividades. Além dos manifestantes, Temer acabou driblando a imprensa e até mesmo seus assessores, que não souberam explicar a mudança de agenda do presidente – estava previsto votar por volta das 11 horas.
Temer votou na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no bairro de Perdizes, em São Paulo. Ao chegar, cumprimentou os mesários e em seguida votou. Sua esposa, Marcela Temer, não estava junto de Temer. Ela vota em outro local.
Estudantes da PUC-SP convocaram pelo Facebook um protesto contra Temer. Na rede social, o evento “Temer não votará” convocava um protesto, descrito como “de caráter simbólico em defesa da democracia”.
Viagem
Temer se preparar neste domingo para mais uma viagem internacional. Ele visita amanhã Argentina e Paraguai, os países do Mercosul que deram o apoio mais contundente ao processo de impeachment que o levou ao poder. Temer chega à Argentina em meio à esperança do país de conseguir reerguer a própria economia se a do Brasil deixar de cair.
Na quarta-feira, Mauricio Macri atendeu jornalistas brasileiros na Quinta de Olivos, a residência oficial, onde também receberá Temer. Questionado sobre a razão de a Argentina não decolar, apesar de ele ser visto com otimismo pelo mercado e uma espécie de antídoto ao populismo, Macri citou a herança kirchnerista e o Brasil.
“Não é fácil começar um governo depois de uma década de altíssima inflação, de forte déficit fiscal, perda de reserva, de perda de competitividade, de relações com o mundo, de falta de energia. Se o Brasil deixa de cair, também nos ajudará, porque é o principal comprador.”
O governo argentino reconheceu a legitimidade de Temer sete minutos após sua posse, em 31 de agosto. Durante a crise política brasileira, os ministros argentinos diziam torcer por uma definição, não importava qual. Na embaixada brasileira, prevalece a impressão de que os argentinos não pensam em pedir algo em troca do apoio tão explícito.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink