Antes de assumir a Presidência do Brasil, Michel Temer (PMDB) foi vice de Dilma Rousseff (PT) e passou despercebido por muitos que votaram na petista durante as eleições de 2014. A chegada do peemedebista ao posto de presidente mostra que o cargo de vice pode não ser tão “decorativo” quanto as pessoas pensam e que é preciso conhecer a chapa inteira do candidato em que se quer votar.
O vice-prefeito é o segundo na hierarquia do Executivo municipal. Caso o prefeito precise se ausentar, por motivo de viagem ou licença, é ele quem assume a prefeitura, passando a sancionar e revogar leis. Nas eleições de 2016, devido a alianças políticas, cinco dos nove candidatos a prefeito terão vices de partidos diferentes dos seus.
Vice poderia ser um cargo sem salário em Curitiba
Neste ano, um projeto de lei que pretendia acabar com o salário do vice-prefeito de Curitiba foi arquivado. A ideia era que o subsídio dado ao vice ficasse restrito apenas aos dias em que ele assumisse o cargo de prefeito. A decisão pelo arquivamento foi tomada no dia 23 de agosto. Segundo o parecer do relator, cabe à Mesa Executiva propor alterações nos subsídios de vereadores, prefeito ou vice.
O texto proposto levava em conta o art. 65 da Lei Orgânica do Município, que não prevê atuação do vice no poder Executivo e, segundo o texto, a medida pouparia cerca de R$ 680 mil anuais aos cofres municipais a partir da próxima gestão.
Atual prefeito da capital paranaense, Gustavo Fruet (PDT) busca a reeleição com um novo aliado em relação a 2012. Antes contava com a Mirian Gonçalves (PT), agora tem o vereador Paulo Salamuni (PV). Aos 51 anos, Salamuni é um antigo conhecido de Curitiba. Já tentou os cargos de senador, em 2006, e governador, em 2010. Disputou sua primeira eleição, como vereador, em 1988. Ingressou no PV em 2005 e é filho do falecido geólogo e professor Riad Salamuni, que era membro do PSB.
Primeiro nas intenções de votos, Rafael Greca (PMN) conta com Eduardo Pimentel (PSDB), de 31 anos, como o pretendente a vice-prefeito mais novo entre os nove. O neto do ex-governador Paulo Pimentel começou a carreira pública como diretor de marketing da Fundação Cultural de Curitiba. Em 2014 concorreu a deputado estadual pelos tucanos e antes de entrar na chapa de Greca, foi subchefe da Casa Civil do Governo do Paraná e assessor especial do gabinete do governador Beto Richa.
Fechando o grupo dos três candidatos com maior intenção de votos na última pesquisa realizada pelo Ibope, Requião Filho (PMDB) conta com Jorge Bernardi (Rede) como vice. O vereador está em seu sétimo mandato e foi presidente da Câmara Municipal entre os anos de 1989 e 1990. Presidiu a CPI do Transporte Coletivo de Curitiba, em 2013, e também já foi Secretário Municipal do Trabalho e Emprego, entre 2009 e 2010.
Bernardi acredita que um vice precisa ter um discurso bem alinhado com o prefeito e não atrapalhar a gestão feita pelo aliado.
Outras duas coligações com vices de partidos diferentes: Maria Victoria (PP) terá Luciano Pizzatto (PRTB) e o candidato a vice de Ney Leprevost (PSD) é João Guilherme (PSC). As demais chapas – estas com candidatos do mesmo partido – são: Tadeu Veneri e Nasser (PT), Xênia Mello e Rodolfo Jaruga (PSol), Ademar Pereira e Porfirio Vengue (Pros) e Afonso Rangel e Rick Villar (PRP).
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