Bastante diferente das convenções das últimas campanhas, o PT propõe uma volta às origens na disputa eleitoral de Curitiba. Nada de alianças partidárias. Ainda impactado pelo desgaste que o envolvimento em escândalos tem causado, a sigla decidiu propor chapa pura na corrida pela prefeitura. Na manhã deste sábado, um encontro da executiva municipal confirmou a candidatura do deputado estadual Tadeu Veneri. A convenção petista será no dia 5 de agosto, depois de definido o nome do candidato a vice.
Para Veneri, a chapa pura permitirá que o partido se liberte de alianças partidárias incongruentes, sem nenhum vínculo ideológico. “Vamos numa caminhada sem pragmatismo, com um programa factível”, declarou. Ele disse estar ciente que será campanha difícil, com duras críticas ao partido. “O pessoal que gostava de Danoninho saiu”, disse, se referindo a pessoas que tinham se acostumado com fartura e poder. “Mas é tempo de plantar”, definiu, dizendo que espera que o PT reencontre suas origens e prometendo uma campanha “pé no chão” e modesta.
Mesmo tendo sido aliado político do prefeito Gustavo Fruet na eleição anterior, o PT não deve poupar críticas à gestão atual. “Ele perdeu a oportunidade histórica de romper contratos do transporte coletivo”, comenta Veneri. Para o candidato, a prefeitura estabeleceu todas as políticas públicas a partir do governo federal. O petista defende que a próxima administração retome a integração do transpor coletivo, reestruture o sistema de habitação e combata a especulação imobiliária e aproveito os debates sobre plano diretor e gestão do lixo para retomar o envolvimento da população nas decisões do município. A vice-prefeita Mirian Gonçalves esteve na reunião que homologou a candidatura de Veneri.
Muito mais pelo passado de aproximação, o PT ainda trabalha com uma pequena probabilidade de uma aliança com o PC do B, que está nas mãos de Ricardo Gomyde, e sinaliza apoio a Ney Leprevost. Deputado estadual no quarto mandato, Veneri também já foi vereador de Curitiba por dois períodos. Em 2008, tentou disputar a prefeitura da cidade, mas foi preterido na convenção, que lançou Gleisi Hoffmann.
Vereadores
Também sem coligações na chapa proporcional, o PT vai lançar 23 candidatos a vereador, sendo 16 homens e 7 mulheres.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Auxílio Brasil: PT quer pagar benefícios sociais somente para quem se vacinar
Gestão da pandemia e retomada econômica: os desafios de Bruno Covas em São Paulo
DEM e PSDB esboçam 3ª via contra Bolsonaro e a esquerda em 2022
Eduardo Paes vai assumir o Rio com menos dinheiro e mais problemas. Veja os desafios