Vai ter festa com fogos de artifício e banda na praça no dia 29 de agosto, em Palmas, no Sul do Paraná. Será a posse do prefeito Hilário Andraschko (PDT), que decidiu comemorar o fim da espera para assumir o cargo. "O povo merece", disse. Na semana retrasada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu que Andraschko deve assumir a prefeitura. Advogado e contabilista, ele reconhece que foi cometida uma falha em sua primeira gestão como prefeito, de 2001 a 2004. A compra da alimentação dos atletas para uma competição esportiva foi feita sem licitação. O Tribunal de Contas do estado considerou que não houve lesão aos cofres públicos má-fé, superfaturamento ou desvio de recursos , mas desaprovou os termos do convênio com o governo estadual. Por conta da situação, Andraschko teve o pedido de registro de candidatura negado. "A eleição já foi bastante tumultuada, por causa dos boatos. Gastamos a maior parte do horário eleitoral no rádio tentando convencer os eleitores de que eu realmente era candidato", relata ele, que teve 52% dos votos válidos. "Esse período pós-eleitoral foi o mais triste da minha vida, cheio de comentários maldosos. Não tinha ânimo nem para sair de casa, tive depressão, chorei muito", conta.
O pedetista diz que não sabe em que condições vai encontrar a prefeitura. Depois que soube que não tomaria posse em janeiro, ele articulou as forças políticas para que uma vereadora do grupo aliado político fosse eleita presidente da Câmara e assumisse o mandato no Executivo. Mas o mandato temporário de Joana DArc Franco de Araújo (PPS) não foi bem como Andraschko imaginava. "Pedi apenas que prestigiasse alguns companheiros políticos e que não mantivesse em cargos de confianças as pessoas que eram de grupos adversários", afirma. Teve o pedido atendido, em partes. Mas não houve sintonia. Andraschko frequentou a prefeitura apenas nos primeiros dias de janeiro. "O município perdeu administrativamente. É um período sem planejamento, sem nada que seja definitivo", lamenta.
Entre as primeiras medidas, ele pretende cortar muitos cargos comissionados, mudar todo o secretariado, iniciar a implantação gradativa do ensino em tempo integral e investir na geração de empregos. A ideia é tentar recuperar o tempo perdido. Andraschko afirma acreditar que os processos eleitorais precisam ser resolvidos antes da posse e que o mais votado deveria ter prioridade para assumir. "Depois, se fosse o caso, seria destituído. Mas não seria tirado o direito de dado pela democracia. O povo quer ver no poder o candidato que ele elegeu", comenta. (KB)
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