Brasília Roberto Requião participou ontem, em Brasília, de uma reunião com outros quatro governadores do PMDB André Pucinelli (MS), Marcelo Miranda (TO) e Luís Henrique (SC). Eles aproveitaram o encontro para reiterar o apoio à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas enfatizaram problemas de relacionamento dos estados com a União. Nos últimos meses, o presidente Lula estaria se preocupando mais com as reivindicações de parlamentares do que com as dos governadores.
Amanhã à noite, já em Curitiba, Requião volta a se reunir com dirigentes nacionais do PMDB. Foram convidadas lideranças do partido de São Paulo e Pernambuco, além do Paraná. O "padrinho" do encontro é o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia. Nas entrelinhas, a intenção do paulista é afastar o PMDB do Palácio do Planalto.
Ontem, entretanto, Requião frisou que mantém o apoio ao presidente. Segundo alguns congressistas paranaenses, porém, ele não consegue falar com Lula há quase dois meses. Em texto publicado pela agência estadual de notícias, o governador disse que "o governo deve negociar com os estados, que têm interesses de âmbito geral, importantes para o fortalecimento da federação, ao invés de tratar diretamente com deputados e prefeitos que apresentam pedidos locais ou de importância apenas para cada um deles".