Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) se reuniram na tarde desta sexta-feira (4) para questionar a 24ª Fase da Operação Lava Jato que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento de forma coercitiva em São Paulo e convocar manifestações em defesa de Lula.
LAVA JATO: Acompanhe mais notícias sobre a Operação
Estiveram presentes a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, o deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de Curitiba Tadeu Veneri, a vereadora Professora Josete e o ex-deputado federal Ângelo Vanhoni, além do presidente municipal do partido, Natalino Bastos. Em sua maioria, os representantes se resumiram a questionar a ação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) ao interrogar Lula.
Os militantes também prometeram uma resposta dos movimentos sociais diante do que consideram uma ação orquestrada entre a PF e a Oposição para acelerar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
“É um dia muito triste para nós. Estamos vivendo um estado de exceção. O presidente Lula jamais se negou a falar”, disse a vereadora professora Josete. “Se o Lula é culpado é de dar emprego para o povo. O Lula é nossa estrela e não vamos nos entregar”, disse a vice-prefeita Mirian Gonçalves.
Ação enfraquece a Lava Jato
O deputado estadual Tadeu Veneri afirmou o partido não deve sair às ruas apenas para defender o partido, mas a democracia. O deputado também criticou a forma com que a Polícia Federal está conduzindo as investigações da Operação Lava Jato.
“A forma arbitrária com que estão agindo pode ser a última pá de cal em cima da Operação. Nós não queremos isto, queremos que todo ato contra a administração pública seja investigada”, disse o deputado.
De acordo com Veneri, o partido deve buscar questionamentos sobre as ações da Lava Jato em instâncias superiores. “A Operação hoje entra em uma série de questionamentos sobre a sua isenção, parcialidade e credibilidade”, disse.
“É necessário que o partido faça estes questionamentos. Já há dúvidas sobre qual é o órgão que deve fazer a investigação, se é o Ministério Público Federal em Curitiba ou em São Paulo”. O deputado ainda afirmou que a 24ª fase é uma clara convocação às manifestações contra o governo Dilma marcadas para o dia 13 de março. “Contaram com uma grande ajuda do MPF e do juiz Sergio Moro”, afirmou.
Lula virá a Curitiba
Como resposta, os líderes de movimentos sociais e sindicais já se organizam para uma série de manifestações em Curitiba e em todo o estado. De acordo com informações dos representantes do PT, o ex-presidente Lula deve visitar Curitiba, ainda sem data confirmada.
“É significativo, porque a cidade é chamada pela Lava Jato, portanto a Curitiba será também da nossa reação”, disse a vice-prefeita.
Na noite desta sexta-feira, os líderes se reúnem em plenária para determinar os próximos passos e manifestações.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink