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O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), fez acusações nesta quarta-feira (31) ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à pré-candidata do PT à sua sucessão, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. Guerra participava da cerimônia de despedida do governo de São Paulo de José Serra, pré-candidato tucano à presidência da República.

"O governo [federal] está pisando na democracia, na imprensa, no respeito às pessoas. [Não há] nenhum compromisso com a verdade. Tem um compromisso com a propaganda", disse. A assessoria da presidência disse ao G1 que não ia comentar as declarações de Guerra.

Ele afirmou que, a partir de agora, com Serra fora do governo, o período de pré-campanha será dedicado ao contato com o "Brasil real" e que as atividades estarão "dentro da lei". Segundo Guerra, a campanha de Serra será "segura e discreta". "Nem ele, nem o Ciro ou a Marina vão fazer o que a ministra [Dilma Rousseff, pré-candidata do PT] faz, que é o uso da máquina pública." A assessoria da ex-ministra disse ao G1 que não ia comentar as declarções.

Dilma também participou de uma cerimônia nesta quarta para entregar seu cargo no governo. Foram 10 substituições de ministros que irão se candidatar às eleições de outubro. Lula fez elogios a a ‘competência e capacidade de articulação’ de Dilma. "Dilma foi uma figura. Não existe ninguém insubstituível, mas eu acho que a Dilma foi de uma competência extraordinária, de uma capacidade de articulação. O Brasil deve muito a ti", disse em seu discurso.

Festa tucana

Além de Guerra, outros tucanos estiveram presentes à despedida de Serra, como os senadores Álvaro Dias (PR), Marisa Serrano (MS) e Tasso Jereissati (CE). O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "o maior líder do PSDB", nas palavras do presidente da legenda, não compareceu. "Acabei de chegar de Minas Gerais. Vou falar com ele na segunda", desconversou Sérgio Guerra.

Ele minimizou a ausência do ex-presidente. "O ato do dia 10 (quando será lançada a candidatura de Serra) vamos discutir com ele. Não teve nada nos últimos anos que não discutíssemos com ele, que não tivesse a consulta e aprovação dele", disse.

A despedida do presidenciável tucano do governo de São Paulo foi prestigiada pelos presidentes do Democratas, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), e do PPS, Roberto Freire. Junto com o PSDB, os dois partidos formam o bloco de oposição ao governo Lula e deverão apoiar os tucanos na candidatura ao Palácio do Planalto.

Serra também reuniu no evento mais de 20 deputados estaduais, mais de dez deputados federais, ao menos oito senadores e dezenas de prefeitos. Segundo a assessoria do governo, a Polícia Militar estimou que mais de cinco mil pessoas participaram da cerimônia.

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