A cidade de Imbituva, nos Campos Gerais, tem prefeito interino, mas todos os moradores sabem que quem manda mesmo é o candidato mais votado, impedido de assumir por problemas judiciais. José Antonio Pontarolo (PSDB) reconhece que determina ao filho Rubens – presidente da Câmara e, por isso, governante provisório – tudo o que deseja que seja feito na cidade. Na prática, Zezo, como é conhecido, assumiu sim o cargo e até, eventualmente, senta na cadeira de prefeito. Está todos os dias no paço municipal e vistoria obras. "Mas não recebo nada, não", assegura.

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Zezo teve o registro de candidatura negado por causa da falta de publicação de um aditivo contratual. "Mas o asfalto está lá, a obra está pronta, não tem prejuízo nenhum e o caso foi arquivado", diz. O processo está sendo analisado no TSE. "Estou sendo massacrado injustamente. Se eu perder o recurso, sumo. Vou embora do Paraná", declara. Mas se a Justiça autorizar a posse, só o nome nas assinaturas mudará na prefeitura – toda a estrutura administrativa será mantida.

"Conversamos e decidimos em conjunto", afirma o prefeito interino. Rubens trabalhava com o pai na prefeitura em mandatos anteriores e diz ter conquistado experiência. Tanto que, se uma nova eleição for convocada, pretende se candidatar. "Quando alguém precisa de algo, procura o pai primeiro", admite o aposentado Albini Andrade. "Temos um prefeito reserva", comenta o taxista Luiz Witeck. Ele conta que na cidade está todo mundo na expectativa se haverá nova eleição ou não. (KB)

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