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Paulo Skaf, da Fiesp: “O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais”. | Yasuyoshi Chiba
Paulo Skaf, da Fiesp: “O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais”.| Foto: Yasuyoshi Chiba

Duas das entidades empresariais mais representativas do país – as federações das indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro (Fiesp e Firjan) – emitiram nota nesta quinta-feira (6) para apoiar a proposta do vice-presidente Michel Temer de unir o país para evitar que as crises econômica e política se agravem.

O texto – assinado pelos presidentes da Fiesp, Paulo Skaf, e da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira – afirma que o país vive a maior crise dos últimos 20 anos e pede que os políticos tenham responsabilidade. “ É vital que todas as forças políticas se convençam da necessidade de trabalhar em prol da sociedade. O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas e deve agir para manter o grau de investimento tão duramente conquistado, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de milhares e milhares de empresas e milhões de empregos”, diz a nota, numa alfinetada no Congresso, que vem articulando a aprovação das chamadas “pautas-bombas”, que aumentam os gastos públicos e, consequentemente, pressionam pela elevação da carga tributária.

Veja a íntegra da nota da Fiesp e da Firjan:

“A Firjan e a Fiesp vêm a público manifestar seu apoio à proposta de união apresentada ontem pelo Vice-Presidente da República, Michel Temer. O momento é de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil.

A situação política e econômica é a mais aguda dos últimos vinte anos. É vital que todas as forças políticas se convençam da necessidade de trabalhar em prol da sociedade.

O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas e deve agir para manter o grau de investimento tão duramente conquistado, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de milhares e milhares de empresas e milhões de empregos.

O povo brasileiro confiou os destinos do país a seus representantes. É hora de colocar de lado ambições pessoais ou partidárias e mirar o interesse maior do Brasil. É preciso que estes representantes cumpram seu mais nobre papel - agir em nome dos que os elegeram para defender pleitos legítimos e fundados no melhor interesse da Nação.

Ao mesmo tempo, é preciso que o governo faça sua parte: cortando suas próprias despesas; priorizando o investimento produtivo; deixando de sacrificar a sociedade com aumentos de impostos.

É fundamental ainda apoiar todas as iniciativas de combate à corrupção e punir exemplarmente todos os desvios devidamente comprovados.

É nesse sentido que a indústria brasileira se associa ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil.”

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