A decisão do Conselho Nacional de Medicina de permitir a suspensão de procedimentos em casos sem chances de cura promete causar muita polêmica. A decisão foi elogiada pela Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e entidades médicas.
Em nota, a CNBB mostrou-se favorável à resolução do Conselho Federal de Medicina. O texto reproduz citações do Papa João Paulo II, em que o pontífice defendia a ortotanásia, que é deixar ter "uma boa morte", supostamente sem sofrimento. No entanto, explicou que o apoio da conferência à ortotanásia não se estende à eutanásia, que é duramente criticada pela Igreja Católica.
- A Igreja não obriga ninguém a recorrer a meios extraordinários que sejam desproporcionais ao benefício que possa advir ao doente. O médico sempre deve tentar de tudo para salvar a vida. Agora, quando a vida está em fase terminal, às vezes salvar a vida pode não significar muito para o paciente - disse o secretário-geral da CNBB, dom Odilo Pedro Scherer.
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