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A crise na Receita Federal ganhou espaço nas discussões no plenário do Senado nesta quarta-feira (26). Servidores de alto escalão do órgão pediram exoneração do cargo em solidariedade à ex-secretária Lina Vieira e dois ex-assessores dela que foram perderam os cargos. A oposição quer ouvir os servidores que pediram para sair.

A discussão sobre a Receita foi ao noticiário após Lina ter dito que ouviu da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em um encontro no Palácio do Planalto um pedido para "agilizar" investigações contra Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Dilma nega o encontro e o pedido.

Em plenário, os líderes do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e do DEM, José Agripino (RN), defenderam que o Senado ouça os servidores que pediram exoneração em apoio à ex-secretária.

"Essa gente toda se entrega no sacrifício para corroborar uma mentira? Ou essa gente tem absoluta convicção de que a verdade está com a doutora Lina? É obrigação desta Casa ouvir aqueles que se solidarizaram a ela", afirmou Virgílio.

"Não é possível que essa onda inédita de demissões com justificativas por escrito do uso da Receita Federal para fins políticos tenha ocorrido após a saída da Lina. Que os diretores que saíram venham aqui se explicar", fez coro Agripino.

O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), saiu em defesa do atual secretário da Receita, Otacílio Dantas Cartaxo. Ele considerou natural a substituição de funcionários em cargos de comando.

"A secretária Lina Vieira, quando assumiu o cargo, trocou cargos de confiança, o que é da natureza do cargo que ela assumiu. Ela saindo, o novo secretário tem o mesmo direito de montar a sua equipe", disse Mercadante.

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