Depois de um encontro com a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (13) no Palácio do Planalto, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a presidente ouviu as sete reivindicações do grupo e garantiu que no seu governo a Polícia Federal e o Ministério Público sempre tiveram liberdade de atuação. A declaração de Dilma, segundo Cristovam, foi uma reação a um ponto da carta em que pedia o apoio da presidente às investigações da Operação Lava Jato.
“Ela reagiu nem protocolarmente e nem entusiasmaticamente à proposta de vinda ao Congresso. Ficou no meio”, disse Cristovam.
Segundo Cristovam, eles pediram ainda que Dilma vá ao Congresso para dar explicações sobre a crise política. “O encontro foi muito bom, muito tranquilo. Achamos que ela deveria vir ao Congresso explicar a crise. Mas claro que isso só seria possível se o encontro fosse muito bem construído para que a presidente não passasse por constrangimentos”, disse Cristovam.
Mas o próprio senador admitiu que era uma proposta do grupo de senadores independentes. Ele disse que a presidente comentou alguns pontos e que defendeu a independência da PF e do Ministério Público desde o início de seu governo.
“O único ponto em que a presidente ficou um pouco na defensiva, e isso é até compreensível, foi quanto ao nosso pedido de o governo apoiar enfaticamente as investigações na Operação Lava-Jato. Ela lembrou que foi no governo dela que a PF nunca foi tão independente e que o Ministério Público tem uma posição ativa como nunca teve”, disse Cristovam.
No caso das medidas adotadas na economia, Cristovam disse que a presidente reconheceu que não se esperava problemas como a queda na arrecadação, mas alegou que elas foram acertadas no momento em que foram tomadas.
O encontro durou cerca de 1h30, e a carta foi lida pelo senador Lasier Martins (PDT-RS). Além de Cristovam e Lasier Martins, participaram do encontro os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO); Lídice da Mata (PSB-BA); Randolfe Rodrigues (PSOL-AP); e João Capiberibe (PSB-AP). O grupo que pediu o encontro. “Sempre fui independente”, disse Critovam.