O presidente interino, Michel Temer, recebeu na tarde desta terça-feira (5) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e um grupo de senadores para tratar da recuperação e conclusão de obras que estão abandonadas por todo o país.
De acordo com o peemedebista, Temer aceitou a proposta e disse que pode mandar terminar as obras que forem passíveis de conclusão com até R$ 500 mil.
“Isso retoma a criação de emprego e renda e demonstra o compromisso do presidente para uma solução definitiva com as obras inacabadas e para os restos a pagar. É um problema que preocupa muito o Brasil”, disse.
De acordo com Renan, existem aproximadamente 30 mil obras nestas condições, que somam cerca de R$ 250 milhões em restos a pagar. “Muitas dessas obras foram empenhadas e sequer iniciadas”, afirmou.
Temer irá determinar a todos os seus ministros que ajudem os governadores e os prefeitos a fazer um levantamento sobre todas as obras ainda não terminadas em cada região. O presidente deverá fazer uma nova reunião com senadores em 2 de agosto para tratar novamente do assunto.
Na tentativa de imprimir uma agenda positiva, Renan anunciou há duas semanas a criação de uma subcomissão especial no Senado para fazer o levantamento. A ideia do peemedebista é estabelecer novas regras para exigir a finalização das obras e evitar o desperdício de recursos públicos.
São Francisco
Ao voltar para o Senado depois da reunião com Temer no Palácio do Planalto, Renan contou que os senadores também conversaram com o presidente interino sobre os riscos que o rio São Francisco corre e cobraram a revitalização urgente do rio.
“O rio não pode morrer. Se ele morrer, não vamos ter a transposição. Então, a revitalização que deveria ter sido feita antes, precisa ser feita emergencialmente para que o rio não morra e a transposição também não acabe”, disse.
Temer deve discutir este tema específico com os congressistas na próxima semana, segundo informou o peemedebista.
O presidente do Senado disse ainda que o grupo não tratou sobre a meta fiscal para o próximo ano, que o governo ainda tenta fechar. Ele também criticou a possibilidade de haver aumento de impostos no curto prazo. “Cada dia com a sua agonia. Eu não vou, sinceramente, me aventurar a anunciar aqui a prioridade para aumento de imposto. Não acho que isso vai resolver o problema do Brasil e acho que ela pode agravar a recessão”, disse.
Participaram do encontro os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Roberto Rocha (PSB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Braga (PMDB-AM), Simone Tebet (PMDB-MS) e a líder do governo no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).
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