Em ritmo de campanha eleitoral, a ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou neste domingo, ao lado do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), da inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Stuart em São João de Meriti, na Baixada Fluminese. Em seu discurso, a ministra falou como candidata:
"O futuro do país está em nossas mãos não vamos deixar que as coisas que avançaram deem um passo para trás", disse a ministra, destacando ainda programas sociais do governo Lula como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
Aos gritos de "Ole, ole, ole, olá. Dilma, Dilma", militantes carregavam bandeiras do PT e do PDT. Carros de som também pediam votos para a ministra. Foram distribuídos ainda biscoitos, sanduíches e guaraná natural para a população. Nenhum fiscal do Tribunal Regional Eleitoral estava presente no evento.
O evento contou com a participação de cinco ministros do governo Lula e dezenas de deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. Apesar da pompa do evento, o hospital só será inaugurado de fato daqui a três semanas.
Durante o discurso, Dilma também falou sobre os direitos da mulher:
"Não somos criadas para lavar roupa, fazer comida e esquentar a barriga no fogão. Queremos ter acesso ao trabalho e às mesmas oportunidades dos companheiros homens. Além de sensíveis, as mulheres são sensatas e práticas. A gente não faz besteiras facilmente até porque temos responsabilidades com nossos filhos, e para botar comida na mesa. Somos fortes, a gente aguenta dor, não fugimos da luta."
O governador também aproveitou sua fala para elogiar Dilma. Na abertura do evento, ele chegou a cantar, acompanhado por uma orquestra, as músicas "Maria, Maria" e "Emoções" para a ministra.
"Ela é a mulher que está comandando o processo de transformação do Brasil como nunca se viu antes neste país", afirmou Cabral.
Sem citar nomes, Cabral atacou ainda seu adversário político nas eleições deste ano, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR):
"Estamos realizando um sonho que muita gente achava impossível. A população está cobrando por um prédio que estava abandonado. Há quantos anos estava abandonado? Muitos anos. Deu até dengue aqui."
O hospital era na verdade um projeto de Garotinho, então governador em 2002. A ideia é que funcionasse para o atendimento de emergências, mas as obras foram abandonadas.
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