Em seu primeiro dia de viagem à África do Sul, nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff passou a maior parte do tempo na suíte presidencial do hotel acompanhando à distância a crise envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, e se preparando para a bateria de reuniões que enfrentará a partir de terça-feira na Vª Cúpula do Ibas, grupo que, além do Brasil, inclui Índia e África do Sul.
Nesta terça, Dilma Rousseff manterá duas agendas paralelas: a primeira, do Ibas, onde os três países devem marcar posição sobre a crise econômica mundial e firmar parcerias, como a construção de um satélite de monitoramento espacial, voltado à pesquisa sobre as alterações que ocorrem no campo eletromagnético da terra. O satélite deve custar R$ 17 milhões e o Brasil entrará com o desenvolvimento das ferramentas de pesquisa espacial, em elaboração no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O investimento brasileiro está orçado em R$ 7 milhões e, de acordo com o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), a parte brasileira estará pronta em três anos. Na área política, a diplomacia brasileira aposta em um texto da declaração final que pontue o protagonismo do Brasil no Ibas, grupo formado em 2003.
Na agenda bilateral com os presidentes Jacob Zuma (África do Sul) e Manmohan Singh (Índia), prevalecerão os assuntos econômicos. Entre eles, o fim de restrições sanitárias à entrada de vinhos sul-africanos no Brasil, A contrapartida deve vir com o recomeço da importação de carne suína pelo país africano. No caso da Índia, as principais parcerias devem ocorrer no campo tecnológico.